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SAÚDE E PANDEMIA
COLAPSO DA SAÚDE: Das capitais brasileiras, três tem cerca de 100% de suas UTIs ocupadas
Redação

Além disso, dez capitais registram ocupação acima de 90% em leitos para pacientes graves. Bolsonaro, militares, STF, Congresso, e governadores são os grandes responsáveis pela situação calamitosa do sistema de saúde brasileiro, tendo como consequência o sofrimento de milhares de famílias, do povo trabalhador e pobre que já veem o número de óbitos por COVID-19 chegar à aterrorizante marca de mais de 465 mil mortes, sem contar os casos subnotificados.

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FOTO: Getty Images/Reprodução

O nível de ocupação de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para Covid-19 foi aumentando na última semana, e em três capitais brasileiras chegou ao nível de 100% nesta segunda-feira(31), enquanto que dez capitais registram ocupação acima de 90% em leitos para pacientes graves. A tendência é que a demanda por leitos de UTI continue a aumentar.

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As três capitais que têm ocupação de leitos maior ou igual à 100% são Curitiba(PR), Campo Grande(MS) e Aracaju(SE) que estão com os seus sistemas de saúde colapsados, e registram filas de pacientes infectados com o coronavírus no aguardo por uma vaga de terapia intensiva.

Das dez capitais com ocupação de leitos acima de 90%, oito delas têm mais de 95% das vagas de leitos ocupadas.

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Apesar de ser o estado com a mais alta taxa de vacinação do país, com 29% da população que já recebeu a primeira dose, Mato Grosso do Sul está com os hospitais superlotados e criou vagas improvisadas de atendimento, chegando a 105% de ocupação de UTIs.
Na capital, Campo Grande, os hospitais estão lotados e já há mais pacientes internados em UTIs do que leitos disponíveis, fazendo a ocupação chegar a 101%. Há 124 pessoas aguardando na fila de espera.

O Mato Grosso do Sul é o estado com maior número de vacinados, com 29% da população já tendo recebido a primeira dose. Mas, mesmo assim, o Estado tem hospitais superlotados, vagas improvisadas de atendimento e ocupação de 105% das UTIs. Em Campo Grande, capital do Estado, onde os hospitais estão lotados, existem mais pacientes internados em UTIs do que leitos disponíveis, alcançando a marca de 101% de ocupação dos leitos, enquanto que 124 pessoas aguardam na fila de espera.

O número de leitos ocupados escalou de 87% para 95% no Estado do Mato Grosso, enquanto que na capital(Cuiabá), a ocupação chegou a 97%. No estado, 25 municípios apresentam risco muito alto para contaminação do coronavírus e 116 cidades, risco alto, não havendo nenhum município com risco moderado ou baixo.

Veja mais: Mato Grosso entra em colapso com 104% de ocupação da UTI e 255 pessoas na fila por leitos

Em Goiás o índice de ocupação foi de 85% para 89% ao longo da semana passada.

No DF (Distrito Federal), houve uma pequena queda na taxa de ocupação de leitos, indo de 95% para 84%, mas esse é um número que vem oscilando, e depende do número disponível de leitos, que pode ser pequeno e insuficiente se o número de contaminados aumentar.

Curitiba, capital do Paraná, é a que mais sofre pressão por leitos nas últimas semanas dentre todas as capitais. A cidade tem 104% de UTIs ocupadas, e as Unidades de Pronto-Atendimento estão sendo usadas como locais de internamento de pacientes com Covid-19. A fila de espera tem 214 pacientes e em todo o Paraná a taxa de leitos ocupados chegou a 95%, com quase 700 doentes aguardando por um leito de UTI. A capital voltou a bandeira vermelha no último sábado (29) após o aumento de contaminação na cidade.

No Nordeste, as capitais Aracaju (SE), Recife (PB), Natal(RN), São Luís(MA) e Fortaleza(CE) são as que mais sofrem, estando todas estas cidades com mais de 90% de seus leitos de UTI ocupados.

100% das 116 UTIs públicas de Aracaju estão lotadas. Desde o fim de abril, a capital e o estado de Sergipe estão em situação crítica. A lista de unidades de saúde com fila de espera aumentou em cidades do interior e do litoral e agora inclui até um Caps (Centro de Atenção Psicossocial). No Maranhão, que foi o primeiro estado a registrar casos da variante indiana do coronavírus, a ocupação de leitos subiu de 75% para 83%, em especial na Grande Ilha, que inclui a capital do estado. O percentual de leitos para pacientes graves ocupados subiu de 95% para 98% na capital São Luís.

Em Pernambuco, 98% das vagas de UTI para Covid-19 estão ocupadas, com 1.691 doentes graves recebendo cuidados intensivos, sendo este o maior número desde o início da pandemia no Brasil. Em Fortaleza, a taxa de ocupação de UTIs na rede pública saltou de 89% para 94% em apenas uma semana.

No Rio Grande Norte, a taxa de ocupação de leitos está em 98%, havendo seis leitos disponíveis e 91 pessoas à espera de vagas em UTI (a contagem não conta leitos bloqueados, que não podem ser usados). A taxa de ocupação também era de 98% na Grande Natal.

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Bahia, Piauí, Paraíba e Alagoas ainda não chegaram ao patamar de 90% dos leitos para pacientes graves, mas seguem em tendência de alta.

Não se chegou ao percentual de 90% dos leitos para pacientes graves ocupados nos estados da Bahia, Piauí, Paraíba e Alagoas, mas estes seguem com aumentos tendenciais nas ocupações. Alagoas por exemplo piorou: depois de três meses, com taxa de ocupação de UTIs ficando abaixo de 90%, nesta segunda-feira o índice chegou a 92%.

Nas capitais do Sudeste, a situação no Rio de Janeiro(RJ) também é crítica, sendo a capital que enfrenta o pior cenário na região, estando nos últimos três meses com mais de 90% das UTIs ocupadas. Nesta última segunda-feira o percentual chegou a 95%. Em São Paulo(SP) 81% dos leitos para pacientes graves estão ocupados, havendo seis hospitais operando com taxa de ocupação em 100%: Arthur Ribeiro de Saboya, Carmen Prudente, Vereador José Storópolli, Cruz Vermelha, Santa Casa de Santo Amaro e Santa Marcelina.

Esta situação é fruto do desinteresse de Bolsonaro, militares, Congresso, STF e governadores de salvarem as vidas dos familiares da classe trabalhadora e do povo pobre. É urgente a unidade da classe trabalhadora, com a força das mulheres, estudantes, negros, da comunidade LGBT que lute para que sejam os trabalhadores e profissionais da saúde que controlem os hospitais e sistemas de saúde, públicos e privados, batalhando por vacinas para todos já, com a quebra de suas patentes sem indenização à indústria farmacêutica, uma lei que proíba demissões e um auxílio emergencial que corresponda a um salário mínimo. Lutemos pelo Fora Bolsonaro, Mourão e militares, sem nenhuma confiança na CPI do Covid.

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