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METRÔ
Doria corta auxílio creche, doença e todos os benefícios dos metroviários. Mobilização já!
Chapa 4 - Nossa Classe Metroviários

Após chantagens e ameaças, o governador Doria e seu secretário de transportes Alexandre Baldy lançam mais um ataque sobre metroviários de SP, efetivando um enorme corte salarial que retira todos os direitos do Acordo Coletivo dos trabalhadores. No dia 19/05 os metroviários protagonizaram uma grande greve em defesa dos direitos e de um transporte público e de qualidade para a população. A luta ainda não se fechou, e é preciso uma forte mobilização para já, em aliança com a população e sem nenhuma confiança no judiciário.

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O ataque retirou diversos benefícios conquistados com muita luta dos trabalhadores, como auxílio-creche, auxílio-creche para filhos com deficiência, auxílio-transporte e complementação salarial para afastados por auxílio-doença e acidente de trabalho, entre vários outros benefícios. Um completo absurdo, uma vez que muitos metroviários tiveram descontos de benefícios enormes, chegando a 3 mil reais em alguns casos. Estes governantes que se dizem "preocupados com a vida" da população, na verdade só estão preocupados com o lucro dos grandes empresários do transporte, em meio à uma pandemia que assola a categoria que está na linha de frente se contaminando cotidianamente de covid e morrendo. Como a triste e revoltante perda da nossa companheira Mayumi, agente de estação de Anhangabaú que estava na ativa e faleceu na tarde deste domingo (30) com apenas 34 anos, por complicações da Covid 19.

O Acordo Coletivo dos metroviários venceu dia 1/5. A empresa, que se negou a retornar os chamados de negociação da campanha salarial feitos pelo sindicato desde o início de março, aceitou propositalmente abrir as negociações somente no final de abril, inclusive marcando a última reunião de negociação com o Sindicato após o vencimento do acordo. Nas últimas semanas fez ameaças e chantagens constantes para que a categoria aceitasse os ataques com redução de vários direitos do Acordo coletivo, dizendo que efetuaria o pagamento dos salários com descontos, e assim o fez no último final de semana, deixando milhares de famílias sem seu sustento em meio à pandemia.

Este enorme ataque contra a nossa categoria que não parou sequer um dia de trabalhar na pandemia toda, fazendo um serviço essencial e de fundamental importância para a população, transportando médicos, enfermeiras e trabalhadores, no segundo lugar de maior contaminação da cidade que é o transporte público, mostra a real face do governo do PSDB em SP: ataque contra os trabalhadores enquanto garante os lucros dos empresários. Há poucos meses Doria garantiu para os empresários das linha privatizadas do Metrô um montante de nada mais, nada menos, que R$ 1 bilhão de reais, enquanto que para as linhas estatais segue afirmando que "não tem dinheiro" para pagar os salários daqueles que se arriscam todos os dias, podendo levar covid-19 para suas famílias. Além disso, Doria vendeu o espaço onde se encontra a sede histórica do nosso sindicato na última sexta (28), atacando também o nosso direito à organização.

Leia também: Chapa 4: Nenhuma confiança na justiça! Só a mobilização dos metroviários em aliança com a população pode barrar Doria!

Enquanto isso o número de contaminação não para de subir em SP, e a população segue sem direito ao isolamento social, sem auxílio emergencial adequado para se manter em casa em segurança, sem vacina, sem testes massivos, tendo que escolher entre pegar covid ou garantir o sustento de seus lares, sob o governo de Doria que muita demagogia faz dizendo que é um "seguidor da ciência". Ao mesmo tempo, segue negando aos terceirizados do metrô o direito básico à vacinação, onde apenas os trabalhadores da limpeza com mais de 47 anos puderam ter acesso. Para Doria e a empresa, as vidas dos terceirizados valem menos? Mais uma vez mostram que por trás dos discursos, estão unidos ao Bolsonaro, ao congresso e ao STF para atacarem os trabalhadores em meio à pandemia.

Lamentavelmente, os metroviários saíram de uma forte greve realizada dia 19/5, para esperar o julgamento no TRT, sem nenhuma garantia da manutenção dos seus direitos, fruto da política da maioria da diretoria do Sindicato dos Metroviários que defenderam na assembleia durante a greve a suspensão da mesma, confiando mais na justiça burguesa do que na própria força da categoria. Mesmo num momento crucial da luta onde a categoria protagonizava uma de suas greves mais fortes dos últimos anos com apoio da população, apesar da criminosa campanha da mídia na televisão. Somente nós da Chapa 4 da diretoria do Sindicato, junto à minoria da chapa 2 (CST-PSOL) votaram naquele momento por seguir a greve.

A situação é mais agravada ainda quando não é democrático o processo pelo qual a luta dos metroviários está se dando, uma vez que a categoria é impedida de falar e de fazer propostas para serem votadas nas assembleias e as setoriais, quando existem, são mal convocadas. Exemplo disso foi que os coordenadores das chapas 1 (PCdoB e PT) e chapa 3 (PSOL) se negaram a colocar em votação propostas de mobilização feitas na última assembleia por nós da Chapa 4, deixando a categoria sem nenhum indicativo de greve, com assembleia somente após o julgamento do TRT, mesmo após estes ataques brutais contra os salários.

É necessário organizar já uma nova assembleia e indicar uma data para a greve, frente a este enorme ataque! Assembleias democráticas para que os metroviários possam ser sujeitos da luta, que possam falar e terem suas propostas colocadas para votação.Chamamos a maioria de nosso sindicato a mudar essa política, pois precisamos confiar somente na força da nossa mobilização para defender nossos direitos e nossa sede do sindicato, sem nenhuma confiança na justiça, superando o corporativismo e organizando nossa luta em aliança com a população que também está sendo atacada e sofrendo com os efeitos da crise econômica e sanitária. Foi justamente a unidade da nossa categoria na luta e o apoio da população à nossa greve a força que temem Doria, a empresa e a justiça.

O último dia 29 mostrou nas ruas o enorme descontentamento de milhares de jovens e trabalhadores de todo o país contra os ataques aos direitos e os efeitos terríveis da crise sanitária causada por Bolsonaro e Mourão, mas também governadores como Doria, congresso e STF, e que contou com um bloco nosso de metroviários muito representativo. É preciso organizar essa revolta a partir dos locais de trabalho e estudo e nós da Chapa 4 Nossa Classe achamos que isso passa por nosso sindicato, que é composto majoritariamente por CTB e CUT, a levantar a necessidade de um plano de lutas que leve a uma paralisação nacional contra as reformas, os cortes na educação e contra as privatizações.

 
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