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RETROSPECTIVA ESQUERDA DIÁRIO
Com mais de quatrocentas matérias publicadas, a Seção de Educação do Esquerda Diário se consolida e torna-se um importante instrumento de luta e de debate
Mauro Sala
Campinas
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Com menos de um ano no ar, a Seção de Educação do Esquerda Diário já tornou-se um importante instrumento de luta e tem fomentado o debate na área da educação. Desde março de 2015 já foram mais de quatrocentos artigos publicados na seção, contando com a colaboração de dezenas de autores e obtendo milhares de acesso.

Começamos o ano com uma série de artigos que questionaram os cortes de verbas para a educação promovidos pelo Governo Federal e sua “Pátria Educadora” e como elas estavam a se refletir nas condições das universidades públicas e também penalizando os estudantes das universidades privadas que dependem de financiamento governamental, mostrando que esse seria um ano de precarização maior do ensino superior. Também pudemos refletir e denunciar os impactos dos ajustes para a educação pública estadual, seja na UERJ, seja nas estaduais paulistas.

Pudemos seguir e discutir os rumos das políticas educacionais do Governo Federal, não embarcando no otimismo que marcou a indicação do Renato Janine Ribeiro e também analisando e denunciando as políticas da “pátria educadora” propostas pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, então sob o comando de Mangabeira Unger, mostrando que são políticas que se assentam sobre o tripé responsabilização, meritocracia e privatização e que seguem os caminhos indicados pelos reformadores empresariais.

O Esquerda Diário também publicou análises das políticas de responsabilização e meritocracia promovidas pelo governo paulista, mostrando que políticas como a de bônus atrelado ao desempenho dos alunos em avaliações de larga escala é um grande mal para a educação pública.

Também publicamos uma série de artigos que versavam sobre as condições para o trabalho educativo em nossas redes públicas, mostrando que o baixo salário e a alta jornada de trabalho são um empecilho para o desenvolvimento de uma escola de qualidade, quando também problematizamos o alto índice de professores temporários em nossas redes públicas de educação básica.

Essas análises que publicamos nos fazem entender porque, ainda no primeiro semestre, uma onda de greves ocorreram na educação básica de diversos Estados e municípios. O Esquerda Diário fez uma importante cobertura dessas greves, com destaque para a greve em São Paulo e no Paraná, com mais de setenta matérias publicadas em nossa seção, nos tornando uma referência para milhares de professoras e professores que participaram ativamente desses conflitos.

Nesses processos, pudemos confrontar a precariedade das condições das professoras e professores com os privilégios dos políticos que sempre nos negam melhores condições de ensino, e lançamos a campanha “Que todo político ganhe igual uma professora”.

A greve das Universidades Federais também foi foco de nossa atenção, onde pudemos perceber os traços fundamentais do “fim do ciclo lulista” no ensino superior, marcado por uma expansão precária e por políticas privatizantes.

No plano municipal, pudemos discutir os Planos Municipais de Educação que foram aprovados no meio de ano. Destacamos desde as medidas autoritárias e privatizates de cidades como Campinas até a cruzada nacional contra a introdução do debate de gênero nas escolas públicas aprovadas em várias cidades dopaís. Pudemos mostrar que essa ofensiva conservadora foi decorrência de uma capitulação da presidenta Dilma que aceitou retirar a promoção da igualdade de gênero do Plano Nacional de Educação.

O Esquerda Diário entrou com tudo na luta contra as chamadas “emendas da opressão” que além de retirar a promoção da igualdade de gênero das metas dos Planos Municipais de Educação, também visavam proibir qualquer menção ao tema nas escolas públicas municipais. Também pudemos debater e nos posicionar contra a chamada lei da “criminalização da ideologia” nas escolas, promovida pelo grupo conservador “escola sem partido”.

Além de continuarmos a seguir com as análises das políticas educacionais, discutindo os resultados do ENEM e a Base Nacional Curricular Comum, o segundo semestre se destacou pela atuação do Esquerda Diário no conflito de secundarista em São Paulo.

Já na semana em que o ex-secretário da educação de São Paulo, Herman Voorwald, anunciou seu plano de reorganização das escolas paulistas, o Esquerda Diário Publicou uma análise da sua política, asseverando que se tratava de uma reorganização necessária para o projeto privatista do governo estadual paulista, quando também já apontávamos as mudanças que aconteciam no estado de Goiás, que agora também se enfrenta com ocupações de secundaristas contra o projeto de seu governo. Foram dezenas de matérias e artigos sobre as ocupações das escolas paulistas.

Nesse caso teve algo novo. O Esquerda Diário não apenas noticiou e analisou as políticas e o conflito com seus colunistas habituais, ele também pôde dar espaço para que os próprios estudantes diretamente envolvidos no conflito produzissem e se expressassem a partir do portal.

Mas o Esquerda Diário não apenas pôde expressar o processo vivo de luta como também fez um esforço para dele apreender seus elementos políticos e educacionais, tentando compreender o que essas ocupações apresentam de novo para essa juventude e para a escola que queremos.

Fechamos o ano acompanhando e repercutindo os passos da luta secundarista em Goiás com a certeza de que essa juventude aponta um caminho fantástico para ser seguido.

Também pudemos começar a desenvolver reflexões sobre teoria da educação, apresentando as contribuições de Vigotski e Trotski.

Enfim, nesse agitado ano para a educação nacional, esperamos que o Esquerda Diário tenha cumprido seu papel e que possa se tornar cada vez mais uma referência à esquerda nos conflitos e análises das políticas e teorias educacionais.

 
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