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RUMO AO 29M
Por assembleias com voz e voto para organizar os estudantes das federais contra os cortes!
Cássia Silva

Rumo ao dia 29 de maio, Dia Nacional de Luta contra os cortes na educação, é preciso batalhar nas universidades federais por espaços democráticos em que estudantes tenham voz e voto para se organizar! Por um movimento estudantil contra Bolsonaro, Mourão e todos os golpistas, aliado à classe trabalhadora, para dar uma resposta independente para as crises econômica e sanitária que são descarregadas em nossas costas.

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Foto: DCE - UFRJ

No dia 29 a União Nacional dos Estudantes (UNE) está convocando uma mobilização contra os cortes, que foram anunciados no orçamento de 2021 pelo governo Bolsonaro e aprovados pelos golpistas do Congresso. E também está sendo chamado o dia 19 como um “esquenta” para o dia 29. Esses cortes ameaçam o funcionamento das universidades federais, como declarou a reitoria da UFRJ e de outras instituições. O governo até chegou a fazer um recuo parcial, mas que não garante o funcionamento das universidades ameaçadas de fechamento, e sim é um desbloqueio parcial de verbas.

A Lei Orçamentária Anual foi sancionada por Bolsonaro, aprovada pela Câmara e Senado e ameaça o futuro das universidades federais, cortando R$1,1 bilhões do orçamento anual. Nesses cortes está incluída a assistência estudantil, que atende cerca de metade dos estudantes das universidades federais, tornando incerto o futuro de milhares de estudantes. E eles fazem parte de todo o projeto de Bolsonaro e do golpe institucional de ataques à saúde e educação, como a Lei de Teto de Gastos do golpista Temer, e como vimos em 2019, primeiro ano do governo, que anunciou o devastador corte de 30% no orçamento da educação, atacando bolsas de pesquisa e funcionamento da estrutura das universidades. Naquele momento o movimento estudantil se ergueu e conseguir impor também um recuo do governo.

Veja também: 2 anos do 15M: O Tsunami da Educação de 2019

Bolsonaro, Mourão e todo o golpismo estão juntos para descarregar a crise nas costas da classe trabalhadora, Atacam a educação, passam as reformas e precarizam ainda mais as condições de vida da juventude e dos setores oprimidos, com os cortes na educação, que inclusive começaram sendo aplicados pelos governos do PT e foram aprofundados pelo golpe de 2016.

Para organizar os estudantes contra os cortes de Bolsonaro e do golpismo, é necessário que assembleias sejam realizadas em todas as federais e que sejam espaços democráticos em que os estudantes tenham voz e voto, amplamente convocadas e construídas. A UNE, dirigida pelo PCdoB e pelo PT, maior entidade estudantil do Brasil, deveria colocar todas as suas forças a serviço disso. Infelizmente, já aconteceram algumas assembleias, dirigidas pela UJS (juventude do PCdoB), que aconteceram em formato de lives, burocraticamente, reduzindo drasticamente o caráter democrático de espaços como esse, ou como aconteceu na UFF, em que foi estipulado um link de chamada com limite de acessos. Isso vai na contramão do que precisamos construir no movimento estudantil hoje.

Por isso, fazemos um chamado à Oposição de Esquerda da UNE, composta por partidos e organizações de esquerda, como o PSOL, PCB e UP, a conformar um polo antiburocrático que exija da UNE a convocação ampla dessas assembleias com direito a voz e voto para todos os estudantes. A Oposição de Esquerda da UNE está nas gestões de vários Diretórios Centrais de Estudantes (DCEs) de universidades federais, como UFRGS, UFMG, UFRN e deveria dar exemplo nesses lugares construindo amplamente assembleias assim e batalhando para unificar toda a comunidade acadêmica das federais nessas batalhas. Nós, da Faísca e do Esquerda Diário, fazemos esse chamado para reerguer o movimento estudantil, em combate a Bolsonaro, Mourão e golpistas, revogar a PEC do Teto de Gastos e os cortes, se aliando com a classe trabalhadora, que demonstra disposição em processos moleculares de resistência pelo país, como se mostra no metrô de SP, no conflito da LG e suas terceirizadas e também em protestos de rodoviários em várias cidades. Essa aliança é fundamental para uma resposta de fato para a crise econômica, sanitária, que assola as universidades e os trabalhadores, mulheres, negros, LGBTQI+ de todo o país.

 
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