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DE 3,50 PARA 3,80
Alckmin e Haddad atendem empresas e irão reajustar passagens em SP
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O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) vão reajustar as tarifas de ônibus, metrô e trem no início de 2016. Os bilhetes unitários, atualmente em R$ 3,50, vão passar para R$ 3,80 a partir do dia 9 de janeiro de 2016. Os governos vão anunciar o aumento na manhã desta quarta-feira, 30. Empresários comemoram, a população paga a conta e os governos, tucano e petista, ainda fazem demagogia dizendo que estão preocupados com o “orçamento familiar”.

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Redação

O último aumento foi realizado em janeiro de 2015, passando de R$ 3,00 para os atuais R$ 3, 50. A decisão sobre estes aumentos desde então segue sendo planejada a partir de reuniões e acordos entre empresários e os governos municipal (PT) e estadual (PSDB).

Em 2015 o aumento foi de aproximadamente 17% e em janeiro de 2016 será de mais aproximadamente 9%. O acumulado em um ano será de aproximadamente de 26%. O IPCA (inflação) para 2015 é previsto em 10,72%, ou seja, bem menor do que o acumulado de aumento nas passagens de janeiro de 2015 até janeiro de 2016.

No entanto, os governos municipal e estadual mentem e em comunicado disseram que as “administrações municipal e estadual têm atuado no sentido de alinhar alguns aspectos das respectivas políticas tarifárias, visando a redução do peso do transporte no orçamento das famílias residentes na Região Metropolitana de São Paulo”.

Ainda afirmam que estão realizando uma série de medidas de descontos e mantendo congeladas tarifas de modalidades especiais, como o bilhete mensal ou o madrugador.

Porém, ao mesmo tempo as empresas estão sendo compensadas com um subsídio extra direto de mais 144 milhões de reais, com parte deste valor sendo retirados de projetos de construção de corredores de ônibus (33 milhões de reais) e de construção de moradias populares (14 milhões de reais.

Empresários são os beneficiados

Os donos das empresas de ônibus em São Paulo alegam que estão com dificuldades em pagar seus compromissos financeiros. E os governos de Alckmin e Haddad fazem de tudo para servir aos interesses destes empresários.

Porém é claro que as empresas escondem seus lucros gigantescos e por outro lado estes governos se encarregam de jogar os custos que favorecem ao lucro destes empresários sob as costas da população, com o aumento de preços das passagens, e dos trabalhadores, com aumento da precarização do trabalho, dupla função, com a retirada dos cobradores e mais exploração.

A junta metropolitana que decide sobre os aumentos é um balcão de negócios entre governo municipal, estadual e empresas.

O PSDB está envolvido até o pescoço na corrupção no metrô de São Paulo e o PT escolhe este partido como "parceiro" a decidir sobre os aumentos das passagens.

Por isso nos colocamos contra o aumento das passagens e remarcamos a perspectiva deste diário que é pela luta pela estatização dos transportes para tirar das mãos de empresas privadas e seu interesse pelo lucro o transporte.

Nas mãos do Estado o transporte público deveria estar sob o controle dos trabalhadores e usuários, pois assim estaria a serviço de todos e não dos políticos e partidos que governam para os ricos.

A luta contra o aumento das passagens foi a demanda mais importante das jornadas de Junho de 2013. Dois anos após a derrota dos governos e empresários naquele momento o sistema que estrutura o transporte ainda é o mesmo e por isso há seguidos aumentos.
Por isso a estatização e o controle dos trabalhadores e usuários é tão importante de serem alcançados. E só poderão o ser seguindo o exemplo de 2013 e das muitas lutas que desde então até hoje irromperam no cenário político e social brasileiro.

 
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