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PRIVILÉGIOS
Bolsonaro eleva seu salário e de ministros em até 69% enquanto população vive na miséria
Redação

Portaria publicada pelo Presidente Bolsonaro no dia 30 de abril, que eleva o próprio salário, do vice Hamilton Mourão, de ministros militares e de outros mil servidores federais, em até 69% do salário, começa a valer nesse mês. Enquanto isso milhões de brasileiros, que estão em trabalhos precários ou desempregados, vivendo na miséria, em situação de fome e insegurança alimentar, recebem um auxílio emergencial miserável de 150 reais.

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Foto: VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL

A regra editada pelo governo de Jair Bolsonaro estabelece que um cargo do governo que seja aposentado ou militares inativos, possam receber tanto a aposentadoria, quanto o salário, integralmente.

Anteriormente, um servidor não podia receber um valor acima do teto, que é equivalente ao salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal de R$ 39.293,32, salário esse que já representa um grande privilégio. Assim caso um servidor recebesse uma aposentadoria e um salário de cargo comissionado maior que o teto, era descontado o que ultrapassava o limite.

Na nova regra de Bolsonaro, é estabelecido que o limite na remuneração seja incidido em cada um dos salário. Ou seja, se o valor de uma aposentadoria e o valor do salário de um determinado cargo não ultrapassar separadamente o teto de R$39,2 mil , o recebimento final será a soma dos valores. Assim o teto total passa a ser R$ 78.586,64 por mês.

Com isso, alguns salários aumentarão em 69%.

No caso do presidente, ele recebe R$ 30,9 mil pela função de presidente e mais R$ 10,7 mil em outros benefícios. Assim o salário dele agora passará a ser de R$41,6 mil reais, um aumento de R$ 2.300.

Mourão, que é general da reserva, passará a receberá R$ 63,5 mil, diferença de 62% em relação a quanto havia o abatimento.

O maior salto no salário será do ministro militar chefe da Casa Cívil, Luiz Eduardo Ramos. Não será feito mais um desconto mensal de R$ 27 mil, levando a remuneração do ministro a R$ 66,4 mil, uma alta de 69%.

No total serão aproximadamente R$ 66 milhões ao ano que será gasto com esses aumentos. Assim em meio a pandemia, em que centenas de milhares de pessoas já morreram, sem conseguir garantir a vacinação da população e pagando um auxílio emergencial miserável de R$ 150, o governo aumenta o salário das castas que sempre foram privilegiadas.

Somente esse aumento, seria suficiente para pagar o auxilio emergencial de 264 mil pessoas em um mês , se considerar o valor médio de R$250.

Leia também: Realidade de 19 milhões passando fome exige luta pelo congelamento do preço dos alimentos

O governo que ataca diariamente a classe trabalhadora, tirando direitos, como na reforma da previdência, na reforma administrativa, com a lei do teto dos gastos que congelou o investimento em saúde, educação e assistência social por 20 anos e que não oferece um auxílio emergencial suficiente para que a população possa sobreviver na pandemia, é o mesmo que aumenta os privilégios dos seus apoiadores e que se preocupa somente com o lucro dos capitalistas.

 
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