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CONTRA A VIOLÊNCIA POLICIAL
"Impor justiça com a força da nossa luta" diz Letícia Parks no ato contra a chacina no Jacarezinho
Redação

Forte ato ocorreu na avenida Paulista em solidariedade e por justiça frente à chacina ocorrida no Jacarezinho (RJ) .

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Centenas de pessoas se reuniram no MASP (SP) em solidariedade e repúdio às mortes decorrentes da chacina no Jacarezinho. Com a presença de diversos coletivos e movimentos sociais, setores de esquerda e também de Mães que perderam seus filhos pela violência do Estado, o ato expressou o ódio ao racismo e à violência policial que é base de sustentação do Estado Brasileiro. Estiveram presentes prestando apoio e solidariedade as mães vítimas do massacre de Paraisópolis (SP) que ocorreu em 2019 e ceifou a vida de vários jovens.

Mesmo diante de uma profunda crise sanitária, econômica e social, que impõe o contágio pela Covid, a fome e o desemprego para milhões de brasileiros o Estado segue, com seu aparato repressivo, massacrando o povo negro, pobre e a classe trabalhadora moradora das favelas e periferias. Diante disso, centenas de pessoas, que são parte daqueles que estão sendo obrigados a trabalhar e se expor aos riscos da Covid em transportes lotados, estiveram presentes no ato.

Nas favelas e periferias, mesmo diante da pandemia, a morte pelas mãos do Estado segue invadido as casas com a legitimidade concedida pelas fardas e reforçada pelas autoridades. O grito por justiça e contra a violência policial nas ruas se coloca cada vez mais como uma obrigação frente aos assassinatos ocorridos pelas mãos da polícia e também frente à fome, ao desemprego e às mortes por Covid que assolam os trabalhadores. Enquanto isso Bolsonaro e os políticos burgueses fazem demagogia com o desespero da população, chegando ao absurdo de justificar e defender o massacre da última quinta feira.

Leticia Parks, fundadora do coletivo Quilombo Vermelho e parte do Grupo de Mulheres Pão e Rosas, esteve no ato defendendo o caminho das ruas retomado pelos levantes do Black Lives Matter no ano passado para impor justiça a cada um dos mortos.

Letícia resgatou a necessidade dessa luta por justiça ser tomada pelas centrais sindicais e cada sindicato de trabalhadores desse país, já que, essa brutalidade é a realidade cotidiana imposta a milhões de trabalhadores pelo país. Esse chamado precisa ser incorporado também pelos setores da esquerda, para que o ódio expresso nos atos que estão ocorrendo possa ser organizado e servir como uma ferramenta, um combustível, para exigir justiça e avançar nas demandas urgentes do povo negros e dos trabalhadores desse país.

Houveram 2 detidos pela Polícia de forma totalmente arbitrária no ato e que foram acompanhados por advogados da OAB e parte da manifestação, sendo liberados depois de algumas horas. Repudiamos fortemente as detenções ocorridas e nos solidarizamos com os detidos, sendo parte da exigência pela liberdade imediata destes. Saiba mais aqui.

Nós do MRT e do Quilombo Vermelho que estivemos no ato, também não concordamos com a postura adotada pela direção do ato, a Coalizão Negra por Direitos, no momento em que se iniciou a violência policial e as detenções dos manifestantes, tendo se recusado a voltar para evitar as prisões, um verdadeiro absurdo, ainda mais diante do motivo que nos levou às ruas. Poderiam ter conduzido todo o ato para retornar e evitar qualquer prisão, fazendo se impor a força de nossa luta e ódio contra o racismo e a mesma truculência do estado, através de seu braço armado, que motivou a chacina de RJ.

 
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