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Rossieli nega estudos científicos sobre o alto risco de contaminação nas escolas
Redação

Rossieli Soares, Secretário da Educação do Estado de São Paulo, novamente reafirmou sua incansável disposição de colocar em risco toda a comunidade escolar diante da imposição do retorno totalmente inseguro das aulas presenciais. O Secretário disse que os estudos científicos que apontam para o alto risco de contaminação no ambiente escolar “não são sérios”.

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Foto: José Cruz/Agência Brasil - 07.05.2018

O secretário disse no jornal da SPTV que não é séria a pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade de São Paulo (USP) e Instituto Federal exposta pelo professor Fernando Luiz Cássio Lima, da Universidade Federal do ABC (UFABC) quanto ao monitoramento do índice de contaminação na rede pública estadual. A pesquisa envolveu 12 mil professora(e)s e 3.600 funcionária(o)s de 299 escolas estaduais entre fevereiro e março de 2021.

A pesquisa indicou o óbvio: o índice de contaminação nas escolas é altíssimo! “A gente comparou só para a população de 25 a 59 anos, que é a mesma faixa etária dos professores e funcionários expostos. E a gente vai ver que o risco nas escolas é três vezes maior”, disse Fabio. Entretanto, Rossieli segue sua marcha incansável de defender o retorno inseguro das aulas presenciais. Imerso na mais cretina demagogia e em argumentos que qualquer trabalhador da educação e estudante da escola pública facilmente conseguem refutar, o secretário afirma que as escolas são “ambientes controlados” e que têm incidência 30 vezes menor de contaminação do que a média no Estado. Certamente Rossieli nunca viveu a realidade da escola pública.

Doria e Rossieli querem a qualquer custo impor o retorno inseguro das aulas presenciais. Fazem isso para atender a fome de lucro dos empresários da educação e da patronal de conjunto. Nunca criaram condições reais para o combate da pandemia. São Paulo é o Estado com mais óbitos do país. Já passou mais de um ano desde que a pandemia foi declarada e até agora não foram criadas condições que garantam o acesso ao ensino remoto para todos os estudantes que necessitam. Tampouco foi criada uma política consequente de segurança alimentar para os estudantes que seguem com o estômago ardendo de fome em meio a miséria instalada no país. Uma série de outros descasos poderia ser aqui destacada como, por exemplo, a demissão de milhares de trabalhadores da educação e terceirizadas.

O que está claro é que Bolsonaro, militares e todos os setores do regime político do golpe, tais como, o governador João Doria (PSDB) pouco se importam com a vida dos trabalhadores e da juventude. Inclusive aproveitam, desgraçadamente, da pandemia para aprovar uma série de reformas e medidas provisórias que precarizam ainda mais a vida da população, em especial, dos setores oprimidos.

O Esquerda Diário é contrário a imposição do retorno inseguro das aulas presenciais. Essa decisão cabe à comunidade escolar junto aos trabalhadores da saúde. Diante da imposição absurda do retorno, mesmo com o país mantendo média diária de óbitos superior a 2 mil mortes e com o sistema de saúde em colapso, é fundamental levantar comissões sanitárias de averiguação e monitoramento em cada Unidade Escolar para revelar (e combater) a triste realidade que Doria e Rossieli tentam esconder e falsear.

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