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GREVE SANITÁRIA EM BH
Flavia Valle: "É urgente a solidariedade à greve sanitária da educação em BH"
Redação

1º de maio com a extrema direita nas ruas e as centrais sindicais com golpistas: é urgente que as centrais sindicais e os sindicatos da CUT e da CTB rompam com a paralisia contra Bolsonaro e Zema para coordenar os focos de resistência, começando por cobrir de solidariedade a greve sanitária da educação, com efetivos e terceirizados contra Kalil e os ataques na educação.

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Esse 1º de maio foi marcado pela ida da extrema-direita para as ruas de Belo Horizonte e de algumas cidades no estado como Juiz de Fora. Com atos bastante minoritários e sem capilaridade com os que são fortemente atingidos pela pandemia e pela fome e desemprego, os manifestantes, em sua maioria de classe média, brancos e com carros de alto poder aquisitivo, liderados por parlamentares de extrema-direita, apoiavam Jair Bolsonaro com os dizeres: “Eu autorizo, presidente”.

Já as centrais sindicais como a CUT e CTB fizeram nacionalmente um [ato político de conciliação de classes junto com inimigos dos trabalhadores e golpistas como João Dória, Fernando Henrique Cardoso entre outros representantes da direita nacionalmente, ato que também foi composto por Lula, Ciro Gomes e Dilma Rousseff, como parte de uma política de frente ampla para desgastar e não para derrotar Bolsonaro.

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Política que significa, na prática, o enfraquecimento da resistência de trabalhadores, mulheres, negros e dos povos indígenas contra todos os ataques dos governos. E ao lado da direita golpista e do centrão os partidos de esquerda como o PSOL e algumas de suas figuras tem a oferecer apenas sua integração ao regime do golpe, como fez Guilherme Boulos, que aderiu ao ato nacional com parte da direita e com centrais sindicais patronais como a UGT, CGT e Força Sindical.

O resultado dessa política foi que a principal luta hoje no estado, a greve sanitária da educação em BH e a mobilização das trabalhadoras terceirizadas da Caixa Escolar, foi a grande ausente nas ações das centrais sindicais e dos sindicatos que dirigem neste 1º de Maio em BH e em Minas Gerais. Influenciando a própria esquerda, que na sua concentração na Praça da Estação, sob direção da UP e PCB, praticamente não fez referência a esta importante luta.

A principal luta do estado hoje, a greve sanitária dos educadores contra o retorno inseguro de Kalil e paralisação de terceirizados da educação da Caixa Escolar em BH deve ser o centro das articulações de todos os sindicatos junto à resistência contra os ataques a suas categorias. Isso porque uma vitória das trabalhadoras da educação em BH contra Kalil será um ponto de apoio contra o retorno inseguro que Zema prepara no estado e que as prefeituras planejam em seus municípios. Lembrando que quem liderou a abertura do comércio na RMBH no pior momento da pandemia foi a prefeita Marília Campos do PT, em Contagem.

Por isso temos que confiar apenas na força dos trabalhadores e lutar pela unidade de trabalhadores da educação efetivos, contratados, designados e terceirizados contra os ataques. Não é possível ter nenhuma ilusão que por via de políticos e prefeitos que são parte desse regime fruto do golpe e de partidos reformistas como o PT será possível resistir aos ataques de Bolsonaro, Mourão e Zema.

Essa a importância de cobrir de solidariedade a greve sanitária da educação em BH e a mobilização das trabalhadoras terceirizadas da Caixa Escolar. Pois elas mostram o caminho de que com luta podemos enfrentar os ataques do governo e das prefeituras. Não por acaso a greve que já conta com a ameaça de corte de ponto do Kalil, pois ele, como todo representante desse regime podre, sabe que precisa derrotar as lutas de trabalhadores. O maior medo desses senhores é exatamente que a classe trabalhadora apareça como sujeito capaz de responder à crise, fazendo os empresários pagarem por ela.

Os sindicatos da educação dirigidos pela CUT e pela CTB, como o SindUTE-MG na rede estadual e o Sinpro na rede particular de ensino em Minas Gerais, tem que romper sua trégua com Zema, Kalil e Bolsonaro e convocar um plano de lutas contra todos os ataques na educação, por vacina para todos e contra a fome e o desemprego, começando por cobrir de solidariedade a greve sanitária das trabalhadoras da educação de BH. Um plano de lutas coordenado com os focos de resistência de trabalhadores como petroleiros, metroviários, carteiros que resistem contra a privatização, em aliança com os movimentos de ocupações urbanas e do campo.

Para essa batalha devem estar a serviço os mandatos de parlamentares do PSOL na Câmara de BH e na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, assim como os sindicatos e entidades estudantis dirigidos pelo PSOL e PSTU. A começar pelos da educação, onde existe uma oposição sindical em todo estado, com subsedes regionais nas redes estaduais e municipais, o DCE da UFMG, o Andes (Associação Nacional de Docentes), além do próprio Sindrede (sindicato dos trabalhadores da rede municipal da educação de BH), ambos filiados à CSP-Conlutas, articulando um forte apoio à greve da educação em BH, e chamando também a partir desses sindicatos a exigência para que a CUT e a CTB rompam sua trégua a Bolsonaro, Zema e Kalil por um plano de lutas de trabalhadores junto ao povo para enfrentar os ataques.

É urgente cobrir de solidariedade a greve sanitária da educação em BH e a batalha pela unidade entre efetivos e terceirizados nessa luta que atinge uma maioria de trabalhadoras mulheres e negras. As trabalhadoras da educação em BH mostram o caminho! E junto a elas nos somamos na mais ampla solidariedade pelo Esquerda Diário fazendo de nosso instrumento sua ferramenta de luta e para que seja a comunidade escolar que decida como e quando retornar ao trabalho, por vacina para todos, auxílio alimentação de ao menos um salário mínimo e a licença de trabalhadores terceirizados com remuneração e sem nenhuma demissão.

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