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TRABALHO ESCRAVO
DENÚNCIA: Trabalhadores são encontrados em condições análogas à escravidão em Goiás
Comitê Esquerda Diário DF/GO
Cris Libertad
Professora da rede estadual em Anápolis - GO.

Grupo com onze pessoas estavam sendo escravizados no corte de eucalipto em Abadiânia, região do entorno do Distrito Federal e interior de Goiás.

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Foto: Pixabay

Através de uma denúncia anônima, onze pessoas foram encontradas, ontem, segunda-feira (26/04) em uma fazenda localizada no município de Abadiânia, região central do estado de Goiás. O grupo trabalhava no corte de eucalipto, sem direito à refeição, que pagavam com trabalho aos domingos. Não possuíam acesso a equipamentos de proteção individual ou mesmo à água potável.

Segundo publicação d’O Popular, a maioria dos membros do grupo veio do Maranhão e estavam na expectativa de terem suas carteiras assinadas pelo suposto empregador. Por isso, se sujeitavam a ficar em alojamentos precários, sem mesmo um banheiro e camas.

Foto: O Popular

Tal situação escancara a situação de um país que mesmo com um aumento da produção agrícola, tem mais de 50% de sua população em vias de insegurança alimentar, tendo cerca de 13% desse total que passa fome. Reflexo da crise econômica que diferente do que os capitalistas tentam reforçar, não veio com a pandemia. É reflexo da crise de 2008, que vem sendo ampliada com a crise sanitária.

Leia mais: Combater a fome no celeiro do mundo

Enquanto os bilionários têm lucros recordes desde a eclosão da pandemia, no mundo são cerca de 750 milhões de pessoas vivendo na extrema pobreza. Esses números são potencializados em razão do desemprego e da lógica em que alimentos são cultivados e produzidos não para alimentar, mas em nome dos lucros.

No Brasil, em que há bilionários como Jorge Paulo Lehman que possui uma fortuna que pode pagar o salário de 1 salário-mínimo para 14 milhões de brasileiros por seis meses, as pessoas passam fome e ficam vítimas da escravidão para conseguir o mínimo necessário para sobreviver – e nas piores condições existentes -.

Por isso, a necessidade incessante, da classe trabalhadora se unificar para enfrentar esse regime golpista de conjunto, que tem figuras como Ronaldo Caiado – governador de Goiás – um símbolo do coronelismo, Ibaneis Rocha no Distrito Federal, um genocida que com sua polícia racista expulsa moradores de ocupações, enquanto mora na mansão mais cara do DF. Bolsonaro, Mourão e militares, com seu governo responsável pelas mortes de quase 400 mil pessoas por covid, com a ambição desenfreada de manter os lucros dos capitalistas e o Judiciário, que atua, como uma espécie de poder moderador do país, trabalhando para que todas as reformas e ataques sejam mantidos contra a classe trabalhadora.

Somente a nossa classe poderá dar repostas contra todos esses ataques que permitem que nosso povo passe fome e seja escravizado em condições análogas às dos escravos dos períodos da colônia e império. Por isso, o chamado à mobilização dos trabalhadores, nesta semana em que se comemora o dia internacional do trabalhador. Unimos nossas forças, às trabalhadoras diretas e indiretas da LG, que lutam contra as demissões e o fechamento das fábricas em São Paulo. Às trabalhadoras da saúde em Neuquén na Patagônia argentina que com o apoio de diferentes categorias, segue há mais de 50 dias em greve, na luta por seus direitos de aumento salarial, melhores condições de segurança e higiene frente à pandemia e efetivação de terceirizados. São exemplos de mobilizações nacionais e internacionais da classe trabalhadora, que devemos tomar para enfrentar a fome, o desemprego e todo esse regime golpista.

 
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