Foto: Marcello Casal/ Agência Brasil
Na terça-feira (20) a OIT (Organização Internacional do Trabalho) divulgou a relação de países suspeitos de violação de convenções trabalhistas internacionais.
O Brasil foi incluído nessa lista, ao lado de 39 países. Entre estes estão Albânia, Belarus, Bolívia, Mianmar e Turcomenistão. A inclusão na lista se deve à violação das premissas da Convenção 98, que trata sobre o direito de sindicalização e de negociação coletiva. A OIT afirma desde a Reforma Trabalhista de 2017, aprovada no governo de Michel Temer , que o Brasil não vem respeitando a liberdade sindical, além de não garantir os direitos trabalhistas.
Provavelmente em junho, durante a Conferência Internacional do Trabalho, a OIT construirá uma versão definitiva da lista, com cerca de 20 países inclusos. Em 2018 e 2019, o Brasil esteve entre esses países. Já em 2020, o evento foi adiado devido a pandemia.
O Brasil, não coincidentemente, ocupa um lugar nessa lista desde a Reforma Trabalhista de 2017, aprovada pelo golpista Michel Temer. O golpe institucional tinha justamente como objetivo ampliar os ataques à classe trabalhadora por meio das reformas para poder garantir o lucro dos capitalistas em meio à crise do capitalismo. A primeira delas foi a Reforma Trabalhista, que ampliou a exploração contra os trabalhadores e foi responsável pela precarização de vários setores de trabalhadores. Com a consolidação do regime golpista, o governo Bolsonaro, ampliou ainda mais esses ataques através, por exemplo, da Reforma da Previdência e da Reforma Administrativa.
Durante a pandemia, todos esses ataques desferidos pelos golpistas acentuaram
a difícil realidade da classe trabalhadora que se viu ameaçada pelo desemprego e pela morte pelo Covid-19
Essa lista elaborada pela agência da ONU (Organização das Nações Unidas), evidencia como até uma Organização, que costumeiramente está alinhada aos interesses dos países imperialista, reconhece a enorme precariedade na qual os trabalhadores brasileiros se encontram.
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