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CPI COVID
Petismo comemora Calheiros como relator da CPI e confia no senado, a casa mais antidemocrática
Lara Zaramella
Estudante | Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo
Guilherme Garcia

Nesta sexta-feira, 16, os senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) firmaram um acordo para a composição dos cargos de comando da chamada CPI da Covid-19, em que o senador Renan Calheiros, do MDB, será o relator. A CPI nas mãos do Senado, a casa mais antidemocrática do regime politico não irá combater de fato a crise sanitária que já ceifou mais de 360 mil vidas no país.

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Nesta sexta-feira, 16, os senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) firmaram um acordo para a composição dos cargos de comando da chamada CPI da Covid-19, em que o senador Renan Calheiros, do MDB, será o relator.

As reações de diversas redes e mídias petistas, como Brasil 247 e DCM foram de comemoração de que Calheiros será o relator da CPI, já que supostamente o senador neste cargo “aumentará a pressão sobre Jair Bolsonaro”. Ainda comemoram que ele vem acenando entusiasmadamente uma eventual candidatura de Lula para as eleições presidenciais de 2022.

Não é de hoje que não somente o espectro petista, mas o próprio PT, apoiam o senador golpista Renan Calheiros e a família alagoana. Antes mesmo do golpe institucional em 2016, durante o governo Dilma, o senador tinha apoio da presidente em medidas de ajuste], foram de comemoração de que Calheiros será o relator da CPI, já que supostamente o senador neste cargo “aumentará a pressão sobre Jair Bolsonaro”. Ainda comemoram que ele vem acenando entusiasmadamente uma eventual candidatura de Lula para as eleições presidenciais de 2022.

Não é de hoje que não somente o espectro petista, mas o próprio PT, apoiam o senador golpista Renan Calheiros e a família alagoana. Antes mesmo do golpe institucional em 2016, durante o governo Dilma, o senador tinha apoio da presidente em medidas de ajuste como podem ver neste artigo e também neste aqui.

Enquanto o petismo comemora a CPI, Calheiros como relator e confia no STF, o regime político do golpe institucional vai se assentando cada vez mais, conseguindo garantir o plano de ajustes econômicos e, de forma autoritária e arbitrária, tomando as rédeas dos rumos do país, através de poderes como o Judiciário que sequer são votados pela população, as forças armadas, ou mesmo a Câmara de Senadores, a casa mais antidemocrática da república, que é constituída por famílias oligárquicas que ficam anos em seus mandatos e seus cargos não representam o número proporcional da população de todos o país.

Leia também: Não é com CPI do STF golpista que derrotaremos Bolsonaro, mas com a luta dos trabalhadores

Mas será que essa CPI que vai está nas mãos do Senado antidemocrático irá servir para combater a pandemia e a política negacionista e assassina de Bolsonaro? A verdade é que os senadores não se importam com as mais de 360 mil vidas que já foram ceifadas desde o início da pandemia, e nem com as quase 4 mil mortes que seguem ocorrendo por dia. Muito menos os ministros do STF que votaram pela abertura da CPI no Congresso. Essas ações fazem parte das disputas entre os poderes que estão querendo desgastar o governo Bolsonaro. Esses mesmos atores do golpe institucional que agora são perdoados por Lula seguiram com a mesma política anti-operária aprovando reformas e mais ataques aos trabalhadores como foi com a aprovação da PEC Emergencial que congelou por 20 anos os salários dos professores .

Nem Senado, STF, governadores ou todas as outras alas do regime golpista irão dar uma saída para a crise sanitária. A saída tem que se dar pela luta dos trabalhadores junto com os movimentos sociais e os setores mais oprimidos da sociedade. Levando a frente um programa emergencial que combate efetivamente a pandemia. Com testes massivos e uma quarentena racional, localizando as pessoas infectadas e isolando elas. Para isso é necessário a utilização de hotéis e resorts para garantir que essa quarentena seja efetiva. Com liberação dos trabalhadores dos serviços não essenciais com proibição das demissões e que seja garantido um auxílio de um salário mínimo para terem o que comer.

Também é necessário ampliação dos leitos de UTI, mais contratação de trabalhadores da saúde, reconversão da indústria para produzir insumos e equipamentos para combate a pandemia, e também a quebra de todas as patentes de pesquisas para as vacinas contra a covid. Basta as grandes empresas lucrarem em cima dela nesse momento tão crítico da nossa história recente.

Por isso é necessário organizar a luta desde já e não seguir a estratégia eleitoral de Lula e PT em fazer alianças com setores do golpismo e esperar até 2022. É preciso que as grandes centrais sindicais como a CUT e CTB, saíam de sua inércia e organizem um plano de lutas, mobilizando os trabalhadores dos sindicatos que dirigem através de assembleias, virtuais ou presenciais, para que de fato se construa uma forte mobilização que enfrente esse governo, seus ataques, e sua política assassina.

É pela via da mobilização que podemos realmente enfrentar Bolsonaro, os militares e todo o regime do golpe, arrancando uma saída política independente dos trabalhadores como uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana para que a população decida sobre todos os problemas estruturais que afligem os trabalhadores, especialmente as mulheres e negros, para varrer as heranças da ditadura como a Lei de Segurança Nacional, além de anular todas as reformas.

 
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