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TRANSPORTE NA PANDEMIA
Ao menos 1146 afastamentos ocorreram no metrô de SP por covid-19 em um ano de pandemia
Redação

A realidade do cotidiano de trabalho dos metroviários sem medidas consequentes de combate ao vírus por parte do governo e da empresa, faz com que já se somem 1146 metroviários afastados e vários mortos por covid-19. Até hoje lamentavelmente o Metrô se nega a fornecer os números oficiais de contaminados e mortos, de efetivos e terceirizados, a empresa esconde os números para que não vejamos o real impacto da pandemia na categoria. Doria e Bolsonaro são os culpados!

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Na linha de frente desde que se iniciou a pandemia, sem parar um dia de trabalhar e sem vacinas, os metroviários de SP estão todos os dias expostos ao covid-19, sendo os transportes o segundo lugar de maior contaminação no país depois dos hospitais. 

A realidade do cotidiano de trabalho dos metroviários sem medidas consequentes de combate ao vírus por parte do governo e da empresa, faz com que já se somem 1146 metroviários afastados e vários mortos por covid-19, segundo afirma a contabilidade feita pelo Sindicato dos Metroviários (veja ao final do artigo). Dos 22 metroviários que morreram em decorrência do covid-19 na contabilidade do Sindicato, há os que estavam em serviço quando se contaminaram, outros estavam afastados por outras doenças, e outros aposentados. Até hoje lamentavelmente o Metrô se nega a fornecer os números oficiais de contaminados e mortos de efetivos e terceirizados, a empresa esconde os números para que não vejamos o real impacto da pandemia na categoria. Doria e Bolsonaro são os culpados!

Ambientes fechados no subterrâneo da cidade de SP (muitos deles sem ventilação e janelas), distribuição de máscaras de pano por vários meses ao invés de EPI (Equipamento de Proteção Individual), sem testes massivos e periódicos para detectar rapidamente o coronavírus na categoria, dificuldade com chefias imediatas dos funcionários que por vezes foram resistentes em liberar funcionários que haviam trabalhado com colegas de trabalho que haviam testado positivo. São muito importantes os testes de covid em categorias como a dos metroviários, como podem ver aqui.
 
E a situação dos terceirizados do Metrô é ainda pior: os trabalhadores do grupo de risco sequer foram liberados do trabalho com garantia de emprego e salário integral, não receberam nunca EPI adequado pra trabalhar, e seguem desprotegidos. Mais que isso, foram demitidas às centenas em meio à pandemia.

Estas foram algumas das difíceis situações que os metroviários viveram na pandemia e que ajudaram na contaminação em massa da covid-19 no Metrô de SP, dos metroviários e de suas famílias, pois muitos levaram o vírus pra suas casas, havendo até mortes de familiares.

Somente uma vez, no decorrer de 1 ano de pandemia, foi realizado teste nos metroviários por amostragem, onde, evidentemente, vários constataram a doença, inclusive inúmeros deles assintomáticos. E mesmo com a comprovação de que estes trabalhadores adquiriram o covid em seus locais de trabalho, o Metrô de SP segue negando a abertura de CAT (Comunicado de Acidente de Trabalho).

O descaso do governo com a população e os trabalhadores vemos com os recordes diários de mortes de covid. A lotação dos trens aumenta ainda mais a contaminação nos transportes e expõe mais todos. As "fases coloridas" do Doria são medidas pra "inglês ver" pois a maioria dos passageiros dos transportes seguem sem conseguir sustentar suas famílias com os baixos valores recebidos pelo governo para poderem ficar em casa protegidos do contágio do vírus, tendo que sair todos os dias pra trabalhar. Em meio a isso também se agrava a contaminação dos trabalhadores dos transportes como os metroviários, com aumento de casos significativo nos últimos meses.

Vacina já para todos os trabalhadores metroviários, rodoviários e ferroviários, efetivos e terceirizados! Todo apoio à luta dos trabalhadores dos transportes por vacinas e contra a retirada de direitos! As centrais sindicais precisam organizar já os trabalhadores e trabalhadoras contra todos os ataques. Em defesa da vida e dos empregos, por vacina pra todos já com a quebra das patentes. 

Contabilidade feita pelo Sindicato até as 18h do dia 10/04/2012

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  •  A luta por vacina dos metroviários de SP deve incluir os trabalhadores terceirizados
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  •  Esquerda Diário 5 minutos 27/03: a vida dos trabalhadores dos transportes no pico da pandemia e do descaso dos governos
  •  "Nós metroviários precisamos nos unir à população que está em risco nos transportes lotados"
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