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PORTO ALEGRE
Rodoviários de Porto Alegre denunciam dezenas de mortes, demissões e desespero
Adaílson Rodrigues

A pandemia vive seu auge trágico em porto alegre. Completam-se 1 mês de colapso do sistema de saúde e ocupação máxima dos leitos de UTI. Nesse cenário de caos não surpreende que os trabalhadores e trabalhadoras rodoviários da cidade fosse um dos setores mais atingidos. De fato já se confundem os números de mortos e infectados.

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Foto: Agência Brasil

No mês de março a doença que atingiu seu pico ceifou a vida de dezenas de rodoviários e seus familiares, além dos números absurdos de mortes da população em geral. Sabendo que Bolsonaro e Melo abandonaram à população, em nome do lucro dos empresários da cidade, não surpreende que a situação piore a cada dia, já que o vírus segue seu curso e sua natureza mortal. O mais estarrecedor é que enquanto os rodoviários enfrentam os riscos do “novo normal” para que a tal economia (leia-se lucros) sobreviva, as empresas demitem às a dezenas de trabalhadores. Denúncia vindas das garagens dão conta de mais de 50 rodoviários serem despedidos do trabalho em meio à pandemia. Vale lembrar que Sebastião Melo tem feito tudo e mais um pouco pra “salvar” o lucro das empresas enquanto deixa a carris na mira da privatização. Os rodoviários hoje estão expostos. São alvos do covid, dos barões do transporte e pasmem; da paralisia do sindicato.

Sequer um levantamento dos óbitos e infecções pela COVID se deram na categoria até aqui. Não apresentam nenhum plano ou estratégia de combate e prevenção do emprego e da saúde da categoria que tem se virado da maneira que pode pra sobreviver. Melo e Eduardo leite também são responsáveis porque ao fim e ao cabo, levam adiante uma postura negacionista e controversa de como lidar com a situação. Leite propõe bloqueios e restrições com a "bandeira preta", mas atinge principalmente a camada mais pobre da população que não tem nenhum tipo de apoio financeiro ou social para sobreviver dentro de casa ou em abrigos públicos. Na prática colocam as pessoas na situação de risco, já que pro pobre a fomem muitas vezes, é muito mais dolorosa e real que um vírus que não se vê a olho nu, mas que mata sorrateiramente suas vítimas.

Melo encheu o bolso das empresas e cria regras absurdas para o transporte de passageiros, limitando número de passageiros por ônibus, enquanto as empresas escolhem as linhas, horários em que vão disponibilizar ônibus. No começo do ano, o prefeito sancionou lei que prevê subsídio de R$ 42 milhões para as empresas, sem nenhuma garantia de manutenção dos empregos dos rodoviários. Estão no controle de tudo e não se constrangem em deixar as paradas lotadas, tendo os usuários de ficar longo tempo esperando pra tentar novamente um embarque. Muitos desistem e voltam pra casa a pé mesmo, o que revolta até mesmo os rodoviários que estão na linha de frente e tem de lidar com essa situação.

Leia mais: Sebastião Melo quer destruir a mais antiga empresa pública de transporte coletivo do país

É preciso bater muito nesse governo Melo e nos empresários que em nome do lucro deixam os rodoviários a encarar a morte diariamente, sem esquecer que Bolsonaro é o grande responsável pelo fracasso na compra de vacinas até hoje. Resta aos rodoviários se organizar e exigir do sindicato um plano de ação efetiva que posso frear o avanço dos casos dentro da base da categoria, reivindicar EPI de qualidade, máscaras, painéis de acrílico, álcool gel 70%, e tudo mais que for necessário. Afinal se o serviço do rodoviário é essencial, sua saúde e segurança são imprescindíveis.

Sobre uma saída para a pandemia no RS, leia esse texto aqui.

 
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