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CORONAVÍRUS NO RS
RS Completa um mês de colapso das UTIs com milhares de mortes: Leite e Melo são responsáveis
Bruna Camargo

Rio Grande do Sul fecha 30 dias do mês com taxa de ocupação de leitos de UTI acima de 100%. Enquanto isso Leite e Melo através da congestão flexibilizam a bandeira preta de forma insegura para garantir o lucro dos empresários.

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HCPA/DIVULGAÇÃO

É um fato terrível que o mês de março de 2021 tenha sido o pior da pandemia até agora no Brasil e no Rio Grande do Sul. Finalizamos este mês com 7.344 mortes por coronavírus aqui no estado. A Secretária Estadual da Saúde (SES) divulgou na quarta-feira (31) 304 óbitos vítimas do vírus. Março foi o mês da superlotação de hospitais e de completo caos sanitário, em todas as últimas semanas a taxa de ocupação de leitos permaneceu acima de 100%, na quarta-feira (31) a porcentagem foi de 100,1%. O número de mortes e infectados aumentou tanto em 2021 que soma em três meses mais mortes que todo o ano de 2020.

O Rio Grande do Sul desde o dia 2 março está com as UTIs operando com a capacidade acima de 100%, de acordo com dados registrados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) responsável pelo mapa com a situação da ocupação dos leitos de UTI no Brasil, o estado do governado por Eduardo Leite (PSDB) é um dos 24 em situação crítica a mais de um mês. A solução adotada pelo governador foi operar com um plano de contingencia que obriga os hospitais públicos e privados a utilizar todos os espaços, incluindo os mais precários, para receber pacientes infectados pela covid-19. Profissionais da saúde já denunciaram através do Esquerda Diário que os espaços que eles precisaram utilizar para alocar pacientes não são o suficiente e prejudicam o tratamento daqueles que estão em estado grave. Dada essa medida é possível entender como que operam os números acima de 100%, pois os profissionais da linha de frente são obrigados a providenciar leitos de UTI em qualquer ambiente do hospital, portanto o número de ocupação de leitos ultrapassa a capacidade dos hospitais. Algo semelhante acontece com as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), a diferença é que as UPAs não possuem aparatos para a internação de pacientes apenas para o primeiro atendimento, no entanto médicos e enfermeiros redobram suas atividades para atender a todos que chegam contaminados pelo coronavírus.

A política assassina de Bolsonaro, Eduardo Leite e o prefeito de Porto Alegre Sebastião Melo:

Não é novidade que o presidente Jair Bolsonaro desde o início da pandemia fez uma contra campanha as medidas de proteção do coronavírus, suas falas criticavam o distanciamento social, a construção de hospitais de campanha e atualmente defendem o chamado Kit Covid. Todas as atitudes de Bolsonaro fizeram o Brasil a ser o epicentro da covid-19 no ano de 2021. Eduardo Leite apesar de ir contra algumas atitudes do governo federal não consegue esconder que sua política protege ao um pequeno grupo de milionários do RS que desejam a abertura de todo o comércio sem nenhuma restrição, colocando os trabalhadores em uma situação de vulnerabilidade e expostos ao vírus. Leite chegou a defender que não há a necessidade de criação de mais leitos de UTI, pois a taxa de recuperação de pacientes com a covid-19 em estado crítico é relativamente baixa. Foi com essa política que chegamos ao mês mais crítico da pandemia. O prefeito de Porto Alegre (RS) Sebastião Melo (MDB) desde o início de sua campanha no ano passado defendeu os empresários a quem se aliou para chegar a ocupar a prefeitura da capital. Empresários esses que saem as ruas semana sim outra não para forçar a abertura de escolas particulares e empresas que nem ao menos fornecem EPIs aos seus funcionários. A verdade é que Bolsonaro, Leite e Melo descontam toda a crise agravada pela pandemia nas costas da classe trabalhadora: profissionais da saúde, rodoviários, metroviários, professores, trabalhadores do comércio, entre tantos outros trabalhadores e trabalhadoras que precisam atuar além do seu limite para sobreviver a essa pandemia.

Já são três meses do ano de 2021 e as mortes não param de aumentar, diferente da porcentagem de vacinação no Rio Grande do Sul que chega apenas 23,1% (1ª dose) de vacinados no grupo prioritário de acordo com o SES. Ou seja, isso retrata que nem todos os profissionais da saúde estão vacinados, estão trabalhando com risco de infecção. Eduardo Leite está preocupado com o lucro, por isso quer abrir as escolas sem testes e sem vacinação, matando ainda mais trabalhadores. O governador anunciou nessa quinta-feira (01) que está liberado o comércio não essencial no sábado (03) para garantir os lucros da páscoa para alguns empresários. Desde o dia 21 de março a justiça do RS liberou a congestão e a flexibilização que começou no dia 26 de março, boa parte do comércio está aberta desde então.

É preciso nomear os culpados e reivindicar o que precisamos para esse momento. É necessário campanha de testes para todos, quebra das patentes farmacêuticas para acelerar a vacinação de toda a população. Para ficar em casa é preciso de um auxilio emergencial com o valor de um salário mínimo garantindo as famílias desempregadas e com dificuldades superem a situação de fome. O auxilio de Bolsonaro não é o suficiente, empregados do serviço não essencial precisam ser liberados sem risco de demissão com um auxilio suficiente para ficarem em casa seguros. Hotéis e resorts precisam estar disponíveis para a população que necessita de isolamento e leitos para receber o tratamento adequado. A superlotação de hospitais esta matando pacientes e profissionais, por isso é preciso à contratação de mais trabalhadores. Não podemos perder mais vidas, pois não são os capitalistas que movem o mundo é a classe trabalhadora.

 
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