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PETROBRÁS
Petrobrás recua após greve sanitária de petroleiros na Regap em Betim
Redação Minas Gerais

No mesmo dia (22/03) em que petroleiros da Refinaria Gabriel Passos (Betim) deflagraram uma greve sanitária, a empresa recuou e cedeu parte das reivindicações dos trabalhadores.

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O estopim da mobilização de trabalhadores foi a parada de manutenção, em que o contingente normal da categoria chega a ser até seis vezes maior, e acontecem sem garantia da segurança sanitária dos trabalhadores. Isso mostra a disposição de luta dos petroleiros e que através da mobilização podem fazer a empresa recuar. E como é urgente que a FUP articule as lutas em diferentes unidades petroleiras em curso ao invés de manter sua política de desarticulação da greve nacionalmente.

Como afirma nota do SindiPetroMG, “diante da mobilização da categoria petroleira da Regap e da manifestação do Ministério Público do Trabalho (MPT), relativo ao surto de Covid-19 na refinaria, a Petrobrás apresentou uma proposta que abre o diálogo para a solução das falhas na prevenção ao coronavírus na empresa. Por considerar o avanço nas negociações, a categoria petroleira da Regap, com 89% de aprovação, aprovou a suspensão da greve e a manutenção das negociações da pauta de reivindicações local”.

Conforme demanda dos petroleiros, a empresa não vai realizar paradas de manutenção em paralelo, adiou as paradas de manutenção para serem realizadas após o mês de abril, informando o sindicato previamente, a não realização de diversos serviços não essenciais durante a pandemia, entre outras.

Essa uma conquista importante garantida através da luta que mostra que são os trabalhadores que podem responder às melhores condições de funcionamento da empresa. E também quem melhor pode preservar a vida de trabalhadores, já que além do aumento do contingente efetivo na empresa com a parada de manutenção, trabalhadores terceirizados que vem de várias cidades são colocados em alojamentos sem nenhum cuidado sanitário.

Como afirmou Flavia Valle, professora da rede estadual de Minas Gerais: “Os petroleiros da Regap se mobilizaram e fizeram a empresa recuar! E mostraram que através da nossa luta podemos derrotar os ataques. É escandaloso que a Refinaria Gabriel passos em Betim e muitas outras unidades da Petrobrás vivem um surto de Covid. Apenas aqui temos mais de 200 trabalhadores contaminados, vários internados. E recebemos a notícia triste da morte de dois companheiros no dia de hoje (23/03). A empresa é responsável por essas mortes que poderiam ter sido evitadas! Um escárnio com nossa saúde desse governo negacionista do Bolsonaro, do regime do golpe institucional, do STF. Como é um escárnio também a gente ter uma planta da Petrobrás fechada no Paraná, que teria capacidade de produzir dezenas de milhares de cilindros de oxigênio por dia. Basta de governos que vendem a Petrobrás e geram lucros pra Wall Street às custas da vida de petroleiros de do povo pobre, que já não tem condição de pagar a gasolina ou o gás de cozinha. Todo apoio às mobilizações de petroleiros em defesa da vida e contra a privatização da empresa!”

Essa disposição de luta mostra que é possível e necessário organizar as bases petroleiras por suas demandas sanitárias e contra a privatização, favorecendo a auto-organização e fomentando comissões sanitárias e de segurança dos trabalhadores que sejam mais amplas que as Cipas, amparadas pelo sindicato e sem a parcela da patronal, criando fóruns para planejar e implementar medidas de segurança e de mobilização frente à dupla calamidade da pandemia e das privatizações na empresa.

 
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