A ministra Carmen Lúcia havia decidido a favor de Moro em 2018, mas hoje decide a favor da suspeição de Moro, anulando os processos a Lula, incluindo os casos do Triplex, do sítio de Atibaia e também das doações feitas ao Instituto Lula.
Decisão da ministra é feita após Kassio Nunes, ministro indicado por Bolsonaro, ter acalmado os ânimos bolsonaristas. Mas a decisão foi infrutífera, uma vez que agora o placar muda e Sergio Moro passa a ser considerado parcial para julgar o ex-presidente.
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A parcialidade de Moro, e portanto a anulação integral de toda a condenação de Lula, ainda pode ser votada no plenário do STF. A votação de hoje foi na segunda turma, onde apenas 5 ministros votaram. Carmen Lúcia fez questão de afirmar a parcialidade no caso de Lula, mas não de Sergio Moro no conjunto da operação Lava-Jato, indicando favorecimento à operação recheada de ilegalidades e arbitrariedades.
O processo de conjunto está inserido nas disputas entre distintos atores do poder judiciário que há anos vem arbitrando e decidindo sobre a política nacional brasileira. O mesmo STF que hoje vota contra Moro é o mesmo STF que permitiu o golpe de 2016, manipulou as eleições em 2018 em benefício de Bolsonaro e avalizou reformas neoliberais que hoje massacram a população mais pobre e os trabalhadores. Não é possível confiar nessa instituição golpista que determina os rumos do país.
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