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BRUTALIDADE POLICIAL
“Eu vou te apagar”, diz PM antes de estrangular por 38 segundos comerciante em SC
Redação

Reportagem do The Intercept mostra o nível de brutalidade desumana a que chega a polícia militar "em serviço". São cenas muito fortes do uso abusivo de violência, recheada de misoginia, por parte de um policial no interior de Santa Catarina. O caso, registrado por câmera no uniforme, ocorreu em 2019, mas veio à público hoje e escancara brutalidade assassina da corporação.

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Toda a reportagem do The Intercept pode ser vista neste link. As imagens são chocantes e mostram um policial estrangulando Beatriz de Moura Silva de Oliveira, dona de um mercado em Itajaí, em Santa Catarina, durante aterrorizantes 38 segundos. Logo após estrangulá-la sem piedade, com Beatriz sem ar e praticamente apagada, o policial ainda saca seu spray de pimenta e o lança a centímetros de distância dos olhos, nariz e boca de Beatriz. As imagens são fortes e mostram a brutalidade com que a polícia leva o dia a dia nas ruas. Veja o vídeo completo abaixo e atenção para CENAS FORTES:

Como mostra a reportagem do Intercept, os relatos dos policiais foram totalmente diferentes do que evidenciam as imagens da câmera presas a seus uniformes. Segundo eles, após os policiais terem paralisado o marido de Beatriz, ela foi para cima dos policiais com violência e "tentando sacar a arma longa, uma CTT calibre .40", evidente mentira. Após a brutalidade, Beatriz e o marido foram detidos e acusados de "tráfico de drogas e associação ao tráfico, além de desacato, desobediência e resistência à prisão. Para não dormir na cadeia, ela teve que pagar R$ 998 de fiança."

Casos como esses, em que a polícia atua de forma brutal e violenta, ocorrem todos os dias no Brasil, mas nem sempre são filmados. Estamos falando de uma das polícias mais assassinas do mundo, com requintes de crueldade, misoginia e racismo abusivos. Sua função na sociedade, além de reprimir greves de trabalhadores, é aterrorizar vilas, favelas e a população mais pobre em geral.

Leia mais: A luta para acabar com a polícia e a luta para acabar com o capitalismo

Como ocorre com boa parte dos casos de evidente abuso de autoridade por parte da PM, os dois policiais não foram afastados do cargo até o momento. O casal entrou com processo, em fevereiro deste ano, contra o estado de Santa Catarina e o processo corre na justiça. Internamente, após denúncias no MP, a corregedoria da instituição declarou as ações dos PMs "correta".

 
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