O estado do Rio Grande do Sul entrou num colapso gravíssimo do sistema de saúde com Hospitais superlotados em até 300%. No Brasil todo foram registradas nessa terça-feira (16) 2798 mortes, em torno de um quinto foram só no RS. É nesse cenário que Eduardo Leite anuncia o retorno da cogestão e a retomada do comércio para o dia 22 de março.

Diz-se que a pandemia não distigue classe social, mas quem mais morre são trabalhadores e pessoas pobres. A pandemia no capitalismo joga as pessoas para a exposição e consequentemente para a morte, mas não sem agentes declarados que levam a frente essa política, como Eduardo Leite (PSDB) ou Sebastião Melo (MDB) na prefeitura de Porto Alegre.

Somente os trabalhadores organizados por local de trabalho podem dar uma saída que não seja essa de pagar com a própria vida para salvar a economia. A gestão da pandemia nas mãos de Educardo Leite, de Bolsonaro, dos militares e de todo o regime golpista defende interesses da classe dominante. Pouco importa a quantidade de mortos para a burguesia.

Mas se essa burguesia esdrúxula não pode dar uma resposta, os trabalhadores podem. Testes para todos, vacinação massiva da população, abertura de mais leitos, isolamento racional dos infectados com alimentação saudável para aumentar a imunidade, conversão da indústria para a produção de insumos como respiradores para os hospitais. As indústrias e os serviços nas mãos dos trabalhadores aliados à juventude das universidades poderiam salvar milhares de vidas nesse momento e fazer com que sejam os capitalistas que paguem pela crise.