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FORA BOLSONARO, MOURÃO E OS MILITARES
Pressão sobre Pazuello revela fissuras no governo, é preciso enfrentar todo o regime golpista
Redação

Diante do pior momento da pandemia até agora, pauta sobre os rumos da pasta do Ministério da Saúde revela disputas entre Bolsonaro e os militares e deputados do centrão, liderados por Arthur Lira (PP). Mais do que nunca é necessário enfrentar todo o regime do golpe.

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Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

No último sábado (13), Bolsonaro realizou uma reunião que não constava em sua agenda oficial com seus ministros generais Fernando Azevedo, da Defesa, Braga Netto, da Casa Civil, Eduardo Ramos, da Secretaria do Governo, e Eduardo Pazuello, da Saúde.

Uma especulação foi gestada, especialmente por setores da grande mídia, e que ainda deve se confirmar, de que Pazuello sairia dessa reunião alegando problemas de saúde e que deixaria o cargo, devido à intensificação da pressão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), e dos deputados do centrão.

A assessoria de imprensa do ministro divulgou uma declaração em que ele afirma não estar doente, mas que entregará o cargo assim que Bolsonaro pedir, deixando evidente que existe, sim, pressão e disputas no regime herdeiro do golpe institucional.

O principal nome cotado para a substituição é de Ludhmila Hajjar, médica cardiologista, que se reuniu com Bolsonaro no Palácio da Alvorada, sendo indicação de Lira.

Sob condução de Bolsonaro e governadores, o Brasil enfrenta o pior momento da pandemia com recordes de mortes diários. Bolsonaro afirmou anteriormente que a população deveria deixar de mimimi, desprezando as mortes por covid em todo o país, e seu ministro Pazuello chegou a negar que o sistema de saúde no Brasil tenha entrado em colapso. Os governadores do golpismo, como Dória (PSDB - SP), Caiado (DEM - GO), mas também os petistas Rui Costa (PT - BA), Wellington Dias (PT - PI), insistem nos planos de reabertura, garantindo os lucros dos empresários do comércio, da educação, deixando os trabalhadores e a população à mercê, sob a repressão de toques de recolher nas noites e tendo que trabalhar e se expor durante o dia.

Enfrentar todo o regime do golpe e batalhar para que os trabalhadores tomem as rédeas da situação demonstra ser fundamental como parte da luta pelo Fora Bolsonaro, Mourão e os militares, e também para enfrentar os governadores, diante das fissuras no governo. Mais do que nunca não temos tempo para esperar 2022, como quer o PT, já que a população morre aos milhares todos os dias de covid ou de fome.

Veja mais: Entre recordes de mortes por covid, de desempredo e de ataques, só nossa classe pode impor uma saída

É necessário organizar a luta para uma saída à crise sanitária, por vacinas para todos, testagem massiva, liberação remunerada de todos os setores não-essenciais, comissões de higiene em cada local de trabalho, unificação dos sistemas público e privado de saúde. Essa batalha também está ligada à batalha emergencial para enfrentar a crise econômica, com auxílio emergencial de pelo menos um salário mínimo e congelamento do preço dos alimentos. Para isso, as centrais sindicais como a CUT e a CTB, dirigidas pelo PT e pelo PCdoB, devem deixar sua paralisia e organizar essa luta.

Diante da atualização das fissuras no governo, com a disputa pela pasta do Ministério da Saúde, se renova a importância da defesa de uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, imposta pela mobilização, que anule todas as reformas, privatizações e ataques do golpe institucional, bem como a anulação da condenação arbitrária de Lula pelo Judiciário que sequestrou o voto de milhões, para fazer pesar a vontade das maiorias exploradas e oprimidas do país contra a vontade de uma minoria de parasitas burgueses.

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