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DEMISSÕES FORD
Trabalhadores da Ford recusam proposta irrisória de indenização
Redação

A empresa Ford que há cerca de um mês anunciou que irá fechar as portas no Brasil, fez uma proposta que não responde às reivindicações dos trabalhadores da fábrica. Diante de todos os ataques e cortes que vêm sofrendo da Ford há anos, agora com o anúncio abrupto de demissão, os trabalhadores recusaram a proposta.

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Trabalhadores da Ford de Camaçari (BA) se mobilizando contra as demissões. Fonte TNH1.

Nesta quarta-feira, 03, trabalhadores da Ford da planta de Taubaté, SP, rejeitaram proposta de indenização pelo fechamento da fábrica. Após quase um mês realizando assembleias e mobilizações, os trabalhadores da multinacional imperialista, receberam uma proposta de indenização de valor bastante similar ao que ganhariam se continuassem trabalhando somente até dezembro, momento em que venceria o acordo de manutenção de empregos assinado pela Ford antes de anunciar do nada que vai abandonar a produção no país.

Para outras plantas que irão fechar, como a de Camaçari, na Bahia, que também tem realizado mobilizações contrárias às demissões de trabalhadores, a empresa não propôs nada.

A empresa Ford desde 2014 vem implementando ataques aos trabalhadores, reduzindo salários, promovendo demissões e acordos que cortavam direitos em troca de garantia de manutenção do emprego. Anunciando abruptamente no começo deste ano o fechamento das fábricas, vai demitir e afetar cerca de 120 mil trabalhadores, entre efetivos, terceirizados e indiretos. Isso em meio a um dos momentos mais críticos da pandemia que vem se estendendo há quase um ano, com números crescentes de mortes por Covid-19 e famílias desempregadas.

Leia mais: “Fomos traídos pela Ford, foi uma punhalada nas costas”, diz trabalhador sobre demissões

A Ford está fechando suas portas porque quer aumentar seu lucros líquido com uma produção mais tecnológica e interesse de investir em outras localidades e, para isso, não pensa duas vezes nas centenas de milhares de famílias que vai deixar na rua. Diante deste anúncio de fechamento de portas da empresa, outras concessionárias de automóveis declaram seus interesses em investir no país, como a Toyota.

O presidente da Toyota do Brasil, Rafael Chang, afirmou que “uma agenda de competitividade se faz mais do que necessária neste momento”, colocando seus lucros na frente das vidas dos trabalhadores. Acrescenta com uma demagogia de que a Toyota tem compromisso em produzir no Brasil e que na verdade esse aumento de competitividade “em curto e médio prazos, possibilitará atrair novos investimentos, gerar mais empregos e renda”.

Os trabalhadores da Ford não se enfrentam somente com a empresa imperialista que vem se recusando a negociar e faz mínimas propostas de indenização, se enfrentam também com o governo Bolsonaro que lavou as mãos para a situação e disse apenas que “lamenta” e com toda a situação de crise sanitária, econômica e social que vem amargando a vida de milhões de brasileiros.

É preciso que as centrais sindicais organizem um verdadeiro plano de luta nacional para defender o emprego das milhares de famílias que serão demitidas. E fazer com que os capitalistas, não somente da Ford, da Toyota, mas de todas as grandes empresas e bancos, paguem por esta crise.

 
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