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DENÚNCIA
Plano de vacinação de Doria deixa mais de metade dos trabalhadores do Hospital da USP de fora
Mateus Castor
Cientista Social (USP), professor e estudante de História

O Esquerda Diário recebeu denúncias de funcionários do Hospital Universitário da USP que terceirizados da limpeza e vigilância, que trabalham nos setores hospitalares mais expostos a contaminação por Covid-19, estão sendo excluídos dos planos de vacinação da superintendência.

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As fontes afirmam que apenas 200 doses da vacina tinha sido disponibilizadas, mas, após denuncias, conseguiram outras 500. Foi dito que a quantidade é ainda muito inferior diante dos cerca de 2 mil efetivos e terceirizados que lá trabalham. O Hospital Universitário da USP, um dos hospitais de maior referência na zona oeste de São Paulo.

Os trabalhadores do HU releveram que a superintendência decidiu priorizar a vacinação dos dois setores mais expostos. Porém, foram excluídos os funcionários terceirizados da limpeza e vigilância que trabalham nestes mesmos locais, a UTI e o gripario (onde se concentram casos com problemas respiratório).

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"Os terceirizados que trabalham lá na UTI e griário se expõem ao contágio tanto quanto os efetivos que trabalham lá, no mesmo lugar. Mas, por serem considerados funcionários de fora da USP pela chefia, "segunda categoria", são ignorados pela direção" afirmou uma funcionária que solicitou a não divulgação de seu nome.

Se trata de uma situação absurda que resume os problemas enfrentados pelos trabalhadores da linha de frente de combate à pandemia por todo país. Além do sucateamento e falta de condições gerais para salvar vidas, não há um plano sério para a imunização dos trabalhadores da saúde.

"O terceirizado tem muito menos direitos e sofre muito mais abuso da chefia, muita exploração. Mas além disso ser terceirizado agora serve como desculpa para não garantir a vacina", comentou.

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"Aqui a gente sabe muito bem que o Doria mentiu. Não tem vacina para todo mundo da saúde. É assim desde o início da pandemia, estamos sem EPIs, sem nada.". A trabalhadora também nos disse que "Doria é que nem o Bolsonaro, nunca se preocupou com a gente. A gente tá se matando de trabalhar e correndo risco, teve colega de trabalho que perdeu a vida nisso, e ele só finge que se importa".

Diante desta situação geral de poucas vacinas e escolhas absurdas da superitendência, os trabalhadores do Hospital Universitário da USP, reunidos em assembleia, votaram um plano de luta que inclui uma greve a partir do dia 01/02 se todos trabalhadores, incluindo terceirizados e residentes, não forem vacinados.

Envie sua denúncia sobre o que está acontecendo no hospital, unidade de saúde onde você trabalha, garantimos anonimato, escreva para o número 11 99139-3631.

 
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