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MANIFESTAÇÃO
Carreata pelo impeachment de Bolsonaro e em defesa da vacinação aconteceu no Rio de Janeiro
Redação

Carreata se reuniu na frente do busto de Zumbi no centro, percorreu ruas do centro antes de rumar à Zona Sul do Rio de Janeiro.

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Foto: João Paulo Pereira do Nascimento

A manifestação ocorrida tinha como pauta "Fora Bolsonaro. Impeachment já. Vacinação já". Ela foi organizada por centrais sindicais, sindicatos, e organizações políticas da centro-esquerda e esquerda nacional.

Ela aconteceu em meio à queda de popularidade de Bolsonaro, mensurável em diferentes pesquisas de opinião. A carreata carioca aconteceu em meio a diversas outras marcadas pelo país com a mesma pauta e organizações convocantes. Conduzir o ódio de Bolsonaro a uma saída institucional como o impeachment, leva a fortalecer o regime do golpe, como argumentamos ao final desta matéria.

A perda de popularidade de Bolsonaro acontece em meio ao desgaste provocado por mais um criminoso descaso com a saúde pública, desta vez pela deliberada inação do governo federal diante da falta de oxigênio em Manaus e pela absoluta falta de vacinas, não alcançando nem sequer 4% do público-alvo de maior risco. O descaso com a saúde dos trabalhadores é de responsabilidade não somente de Bolsonaro mas também de cada governador e prefeito que, tal como Bolsolonaro, não adotam nenhuma medida séria para garantir a saúde pública, tais como testes massivos, garantia de renda para que a população possa se isolar, contratação de trabalhadores para todo setor médico-sanitário ou o direito de vacinação pública e gratuita para todos.

As milhares de mortes diárias na pandemia são de responsabilidade de Bolsonaro mas de todo o regime do golpe institucional, com seus agressivos cortes na saúde garantidos pelo Congresso nacional e todos partidos do golpismo institucional, agora fortalecidos desde a eleição municipal e com a vitória de Biden sobre Trump. Esses cortes também foram garantidos pelo STF e mereceram o aplauso diário da Globo e outras mídias golpistas que agora tentam se postar, tal como Maia ou Doria, de opositoras e falar em nome da “saúde” quando são igualmente responsáveis pelas milhares de mortes evitáveis.

O ódio do governo Bolsonaro ocorre também em um momento de aumento das dificuldades na vida dos trabalhadores e da maioria da população. A taxa de desemprego é recorde, e nem auxílio emergencial – com valor insuficiente para sustentar uma família – foi mantido, e ocorrem demissões em massa em várias fábricas que estão fechando suas atividades no país em busca de maximizar seus lucros em outros lugares ou obterem, com a chantagem, ainda maiores benefícios dos governos e das burocracias sindicais subservientes que sempre aceitam cortes em direitos dos trabalhadores.

A raiva que milhões sentem de Bolsonaro precisa ser conduzida para enfrentar o conjunto de necessidades urgentes da população, em defesa dos empregos, pelo direito de vacinação gratuita para todos, e se enfrentando contra o conjunto do regime do golpe ao contrário do que fazem aquelas organizações políticas que defendem o impeachment. Não será das mãos de Maia, Doria, do STF, ou colocando um racista e reacionário defensor da ditadura como Mourão no lugar de Bolsonaro que se avançará para se livrar de todas políticas anti-operárias e que colocam os trabalhadores expostos ao vírus e doença. O impeachment leva justamente o ódio de Bolsonaro a fortalecer o regime do golpe com um reacionário como Mourão e colocar nas mãos deste general os rumos da presidência do país.

A burocracia sindical, em primeiro lugar a maior central sindical do país, a CUT dirigida pelo PT, tem se limitado a atos de fachada contra as demissões ou Bolsonaro e o regime do golpe não organizado um verdadeiro plano de luta, organizado pela base, como destaca Marcello Pablito em declaração ao Esquerda Diário. A necessidade de enfrentar o conjunto do regime do golpe, e não meramente Bolsonaro como se faz com o impeachment, é o oposto do que tem feito o PT apoiando candidatos que votaram mais de 90% das vezes com Bolsonaro, como Baleia Rossi, aliado de primeira hora de Michel Temer, posição esta que é compartilhada pelo PSOL seja no primeiro ou no segundo turno.

Como afirmado em editorial do MRT de recente publicação: “Não há outra saída. Todos os setores que se apresentam como alternativa ao PT e às burocracias precisam batalhar por uma resposta a crise em base a mobilização. Nessa luta, nossa batalha será por um programa transicional anticapitalista e antiimperialista ligado à batalha pelas demandas democráticas, buscando mudar todas as regras do jogo, e não apenas os seus jogadores. Nós do MRT e do Esquerda Diário colocamos todas as nossas energias para esse objetivo junto aos trabalhadores e na luta de classes.”

A Assembleia Constituinte Livre e Soberana se sobressaí como uma alternativa que abre maiores perspectivas para a independência e defesa dos direitos da classe trabalhadora. Trata-se de atacar em regra não apenas Bolsonaro e Mourão, mas todas as instituições desse arcabouço golpista dos poderes instituídos (STF, Congresso nacional, etc.) que nos trouxeram até aqui, estando na linha de frente da defesa de todos os direitos democráticos e sociais da classe trabalhadora e do povo pobre, pisoteados diariamente.

Pode te interessar: “2021: contra a pandemia e desemprego é preciso enfrentar Bolsonaro e o regime do golpe institucional”

 
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