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VACINA
Governo Bolsonaro pagará o dobro do preço cobrado à UE pelas vacinas AstraZeneca da Índia
Redação

Instituto que produz a vacina realizou negociações diferentes entre o Brasil e países ricos da União Europeia

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Marcelo Camargo/Agência Brasil

A negociação brasileira com o instituto Serum, da Índia, pelas vacinas da AstraZeneca terminou com o governo pagando um valor superior ao dobro do preço cobrado em países da União Europeia, como a Bélgica. A discrepância entre valores foi descoberta justamente após um erro orçamentário da primeira ministra belga que revelou os diferentes valores das doses de vacina. em suas redes sociais, Eva De Bleeker revelou que o preço cobrado pelos países da UE foi de US$ 2,16 por dose da vacina, enquanto para o Brasil, foi negociado a US$ 5,25 dose. O bloco da UE não esclareceu o fato e alegou que os acordos eram confidenciais. O instituto também não se pronunciou sobre.

Após desacertos entre o governo da Índia e o governo Bolsonaro, que chegou a preparar um avião e propagandeou a busca das doses das vacinas, mas voltou da Índia de mãos vazias, foi anunciado que um carregamento de 2 milhões de doses chegará ao Brasil.

Mas o pagamento de um preço superior pode incluir mais do que as vacinas indianas. De acordo com o Instituto Fiocruz, o contrato com a AstraZeneca, empresa do Reino Unido, prevê o abastecimento com mais de 100 milhões de doses negociadas a US $3,16 por dose, preço superior ao da UE, que ainda precisará de preparação para ser distribuída.

O contrato prevê renegociação após a pandemia, pois segundo a empresa, as vacinas estariam sendo vendidas a preço de custo. Porém, é a própria empresa quem estipula quando a pandemia, em tese, estará findada, e após isso o valor poderá aumentar ainda mais. Mesmo assim, o governo Bolsonaro se retirou de um projeto, ainda em 2020, de aliança entre Índia e África do Sul para suspender a patente todas as patentes das vacinas e tratamentos contra a COVID-19, optando por deixar no entendimento que a patente deva ficar com a AstraZeneca e demais conglomerados farmacêuticos que especulam e lucram em cima das necessidades e fragilidades das populações mundiais em meio à uma crise sanitária.

Na África do Sul, também, teria problema semelhante, com a vacina sendo cobrada aos mesmos 5,25 US$ por dose. O governo Sul-africano relatou que o argumento repassado era de que os países não tinham participado do processo de desenvolvimento e que devido a isso, os países de alta renda possuem desconto na compra.

 
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