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ENSINO REMOTO NA UFES
38% dos alunos do SSO-UFES entrevistados dizem que não houve aprendizado nenhum no ensino remoto
Jade Penalva

Pelo próprio ensino remoto excludente apenas 77 estudantes responderam (1/4 dos estudantes do curso) o questionário de avaliação do EARTE 2020/1. No entanto, se trata de uma base considerável para avaliar os resultados reais de exclusão desse processo.

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Foto: Kauê Scarim

Com apenas uma semana de prazo para responder ao questionário, apenas 77 estudantes de Serviço Social (¼ dos estudantes do curso) responderam. Das perguntas que foram feitas e respondidas pelos estudantes, 30% dos discentes se matricularam em 4 disciplinas – isso se deu devido à resolução de estar cursando 4 matérias para quem fosse bolsista –, 50% cancelaram disciplinas ao longo do semestre, desses em torno de 40 alunos cancelaram até 3 disciplinas – depois de flexibilizarem a resolução para apenas estar cursando 1 matéria para manter a bolsa. Das respostas que tiveram no questionário, a maior dificuldade apontada pelos estudantes foi o ambiente familiar não adequado para ter aulas e a falta de equipamentos necessários e internet para acompanhar o ensino remoto. 38% dos estudantes alegaram não ter tido nenhum aprendizado nas matérias e 42% consideraram que a experiência foi insatisfatória. Além disso, 50% disseram que pretendem se matricular no próximo semestre, 39% ainda não definiram e 10% já disseram que não irão se matricular.

Como se não bastasse a pandemia, a maioria não ter a possibilidade de quarentena porque precisa trabalhar, o departamento de Serviço Social, além de não ofertar Estagio I e II, agora colocou aulas no período da manhã e tarde, de 7h as 15h.

O posicionamento das entidades representantes do curso em preservar uma formação profissional presencial e de qualidade não pode passar por cima dos debates e decisões do conjunto dos estudantes, agindo de forma antidemocrática e arbitrária a ponto de termos que escolher entre estudar ou nos sustentar!

Fica cada vez mais evidente que somente através de assembleias e propostas construídas com os estudantes, sem ter confiança na reitoria ou depositar esperança que o departamento apresentará a saída, mas só por meio da auto organização estudantil, que conseguiremos tirar medidas concretas para combater os absurdos do ensino à distância

Não somente lutamos contra a precarização da educação mas também contra o governo Bolsonaro e todos os atores políticos desse regime, que impõem a privatização da vida enquanto mantêm seus bolsos cheios. A juventude precisa fortalecer a luta dos trabalhadores, e isso também passa por defendermos uma universidade que esteja realmente à serviço da classe trabalhadora, combater o Ensino Remoto, mas também batalhar pelo fim do vestibular, um filtro social racista e elitista que impede a população de cursar um ensino superior, lutar para que a produção de conhecimento esteja voltada para o combate ao coronavírus.

Leia mais: Mãe sobre Ensino Remoto na UFES: "sei que os meninos não terão condições de fazer"

 
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