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André Mendonça
Ministro da justiça declara que cristãos podem discordar de homossexualidade
Redação

Em defesa de cantora gospel homofóbica que fez diversas declarações escandalosas, associando a união homoafetiva à AIDS, em 2016, e se tornou alvo de uma investigação do MPF, André Mendonça escreveu em seu Twitter que cristãos podem discordar e questionar o “homossexualismo”

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(Foto: Rafela Felicciano/Metrópoles)

Na noite da última quinta-feira (3), o ministro da justiça André Luiz de Almeida Mendonça, sucessor de Sergio Moro no cargo, veio à público em seu Twitter declarar que o cristãos não precisam “concordar” ou podem “questionar o homossexualismo”, se utilizando inclusive do termo pejorativo homossexualismo, usado para referir-se à homossexualidade enquanto uma doença. O ministro ainda citou o STF, referindo-se à decisão de 2019, quando o Supremo equiparou os crimes de homofobia e transfobia ao racismo, mas fez ressalva quanto à repressão contra os LGBTS não restringir o exercício da liberdade religiosa. Baseado nisso, o ministro coloca como reconhecimento do STF, citando que “os direitos às liberdades de expressão e religiosa são inalienáveis”, como se isso fosse o respaldo para declarar que a comunidade LGBT pode ser alvo de questionamentos e ataques.

Todas essas declarações se deram ante ao principal motivo de sair com essa publicação em seu microblog, sair em defesa da cantora gospel Ana Paula Valadão, que está sendo investigada em um inquérito no ministério público por declarações homofóbicas em um evento de 2016, quando declarou: “A Bíblia chama de qualquer opção contrária ao que Deus determinou, de pecado. E o pecado tem uma consequência que é a morte. Taí a aids para mostrar que a união sexual entre dois homens causa uma enfermidade que leva à morte e contamina as mulheres, enfim… Não é o ideal de Deus”. Apesar de ditas em 2016, a fala repercutiu nas redes somente este ano, levando à uma denúncia que foi aceita em 17 de novembro deste ano.

André Luiz é pastor presbiteriano e já foi citado pelo próprio Jair Bolsonaro como o ministro da justiça “terrivelmente evangélico” e é um reflexo da política intolerante, racista e lgbtfobica do governo Bolsonaro, que entregou parte do estado nas mãos das igrejas, em especial das evangélicas, que compõem boa parte de sua base política dura, fazendo com que todo o conservadorismo, preconceito e discurso de ódio desses grupos instrumentalize o aparato do estado para atacar os grupos oprimidos.

 
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