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Rodoviários
Paralisação dos rodoviários da Aviação Pavuense é encerrada com 13º parcelado
Redação

Motoristas da Aviação Pavuense no Rio de Janeiro, paralisaram suas atividades na terça feira (1º) devido a proposta de pagamento parcelado do 13º pela empresa. Na manhã desta quarta, a paralisação foi encerrada com um novo acordo de parcelamento.

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FOTO: Reprodução TV Globo

Na terça-feira, 1 de dezembro, os motoristas da Aviação Pavuense, que possui cerca de 900 funcionários e opera 15 linhas da zona norte do Rio de Janeiro, paralisaram sua atividades em reivindicação ao recebimento do 13º salário. Isso porque a empresa propôs um acordo com os funcionários de parcelamento em cinco vezes desse pagamento, o que provocou a indignação dos motoristas e a consequente paralisação.

Durante o dia de paralisação, as negociações entre a direção da empresa a o Sindicato dos Rodoviários do Rio de Janeiro continuaram e somente na manha desta quarta-feira fecharam uma proposta de acordo. Nesta proposta, os funcionários receberiam o salário em até cinco parcelas, sendo 20% do valor nesta quarta-feira, 20% no próximo dia 20 e o 60% restante, será pago à medida que a empresa receber os repasses da prefeitura pela operação.

BRT Rio havia paralisado pelo mesmo motivo

No dia 30 de novembro, funcionários do BRT Rio também paralisaram sua atividades devido à proposta de parcelamento do 13º. Depois de um dia com a circulação paralisada, a empresa se comprometeu em pagar os 30% que faltavam da primeira parcela.

"Para se ter uma idéia, no início da pandemia assinamos um acordo com as empresas com o aval do Ministério Público do Trabalho (MPT), onde ficou acertado que haveria a redução de jornada mas sem demissões, o que não foi respeitado. O trabalhador já está com dívidas, sem dinheiro para honrar seus compromissos, e ainda por cima não recebe o décimo terceiro conforme o combinado, sinceramente não dá para controlar esse tipo de sentimento de revolta dos profissionais" — explicou Sebastião José, presidente do Sindicato dos Rodoviários do Rio de Janeiro.

As empresas foram bastante duras contra a mobilização dos trabalhadores dizendo foram "ilegalmente e irresponsáveis", alegaram também que a dificuldade para pagamento do 13º tem sido uma realidade para grande parte das empresas de ônibus do Município do Rio, dizendo que foi por consequência de medidas como o congelamento da tarifa, a expansão do transporte clandestino, concessão de gratuidades sem fonte de custeio e a situação da pandemia. Ou seja, as empresas colocam argumentos dizendo que a dificuldade de pagar os trabalhadores está nas medidas para atender os passageiros na situação da pandemia, com isso querem colocar os passageiros contra os trabalhadores. A revolta e a mobilização é totalmente legitima, as empresas tem que garantir o salario e todos os direitos dos Rodoviários, como pagamento integral do 13º. O sindicado deve servir, não para "controlar o sentimento de revolta dos profissionais", como disse Sebastião José, e sim para organizar com toda força a mobilização dos trabalhadores para garantia de todos os direitos de forma integral e sem parcelamentos. A responsabilidade é das empresas, da prefeitura e do Estado do RJ. O sindicato tem que exigir que empresas mostrem seus balanços de lucratividade e o patrimônio dos empresários, não podemos ter duvida que dinheiro eles estão ganhando.

 
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