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PANDEMIA
Governo Bolsonaro pretende deixar parte da população sem vacina
Redação

Enquanto a população segue sob risco de contaminação e morte, a negligência do governo Bolsonaro e do Ministério da saúde passa a ganhar novos desdobramentos. A vacina pode não ser distribuída para todos, sendo que gestantes e crianças correm risco de não receberem.

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Imagem: Agência O Globo

Com o avanço de algumas vacinas para fases mais finais de pesquisa, o governo já vinha estabelecendo prioridades na distribuição que previa início da distribuição entre idosos, pessoas com doenças crônicas e profissionais da saúde. Mas agora a possibilidade que se abre é diretamente a de falta de doses, que deixará parte da população desprotegida.

Segundo a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Francieli Fantinato, foram definidos objetivos porque não haverá vacinas para toda a população, sendo que entre os grupos que ficarão de fora estão crianças e gestantes.

O secretário-executivo do ministério da Saúde, Elcio Franco afirmou ainda que os grupos que não receberão a vacina estarão sim protegidos uma vez que os grupos prioritários não os contaminarão, mais uma afirmação completamente irracional que chega a ser uma piada de mau gosto frente à situação que a população se encontra.

É preciso remarcar inclusive, que a priorização das crianças seria de extrema importância pois mesmo reagindo bem à contaminação na maioria dos casos, acabam servindo de vetores uma vez que são um grupo com alta ocorrência de casos assintomáticos. Ou seja, os grupos deixados de lados são justamente os que podem contaminar uns aos outros mais facilmente.

A postura em relação à vacina já se aproxima da postura do governo em relação a todo o período de pandemia, que passou por dizer que a COVID-19 era uma “gripezinha’, deixar hospitais colapsarem em decorrência da sobrecarga, além de conter a distribuição de testes que podem vencer.

Além de tudo isso, Bolsonaro e Pazuello (ministro da saúde) deixaram de investir 3,4 bilhões de reais destinados ao combate à pandemia desde maio, dinheiro que foi destinado para os banqueiros junto com 1 trilhão de reais que Bolsonaro deu de mão beijada aos seus amigos banqueiros com a desculpa de que precisava salva-los da crise. Isso tudo em meio a um cenário de falta de EPI’s, leitos, respiradores, e contratação na área da saúde, enquanto dinheiro publico é dado de presente para os capitalistas.

No caso dos testes que estão prestes a vencer, são mais de 7 milhões de kits que poderiam estar sendo usados há meses para auxiliar na detecção da doença na população e nos funcionários dos hospitais, combinados com um isolamento direcionado aos contaminados, porém, estão contidos em um depósito podendo perder a validade nos próximos dois meses por motivos puramente burocráticos em relação a distribuição. Se cogitou a renovação da validade desses testes, que ainda não há clareza de como pode ser feito sem violação de conduta sanitária.

Enquanto o país amarga mais de 6 milhões de casos confirmados, com cerca de 40 mil casos por dia em novembro, Pazuello demagogicamente diz que não há nada que não esteja planejado, isso por que parte do “planejamento” do governo é o abandono da população em meio a uma pandemia, ao passo que se avança nos ataques contra os trabalhadores e a população com a recente tentativa de privatização do SUS, além do corte no auxílio emergencial e anúncio de não renovação do mesmo.

Mesmo os governos de diversos estados, como o de São Paulo, encabeçado por Doria, que garantiram que teriam uma postura mais responsável que Bolsonaro, não só não ampliaram os leitos, como afrouxaram ao extremo suas quarentenas, o que está fazendo reincidir o aumento da contaminação, como foram parte da negligência em relação à distribuição dos mais de 7 milhões de testes que estão quase vencidos.

Frente à negligência por parte de todos os governos, e as ameaças de mais ataques aos trabalhadores, se faz necessária a exigência de distribuição massiva dos testes, a ampliação dos leitos nos hospitais e produção de vacina para toda a demanda. É preciso combater fortemente a postura de privilégio ao lucro dos empresários, que obriga que a população saia para trabalhar desprotegida e ameaça com mais privatizações.

 
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