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RACISMO NO BRASIL
Em medida racista Bolsonaro censura divulgação da morte de João Alberto pela Agência Brasil
Redação

Para Bolsonaro e Mourão não existe racismo no Brasil, mesmo assim, o governo procurou censurar a morte de João Alberto na Agência Brasil. Para o governo não existe racismo e o assassinato no Carrefour tem sido usado de forma "ideológica".

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Fonte da imagem: Agência Brasil.

O Brasil inteiro acompanhou o brutal e desumano assassinato de João Alberto ocorrido no dia 19 de Novembro, na véspera na Consciência Negra, no supermercado Carrefour, na zona norte de Porto Alegre no Rio Grande do Sul Alberto foi espancado até a morte por um segurança e um policial que estava fora do horário de serviço.

Embora esse fato escancare o racismo estrutural e repressão policial e das empresas privadas em cima da população preta , o presidente Jair Bolsonaro, juntamente com o vice Mourão, procuram reforçar uma postura de negar esse fato. No caso de Bolsonaro, por exemplo, o mesmo tem ignorado o assassinato de João Alberto, chegando inclusive a dizer que era “daltônico” e que “todos tem a mesma cor” para ele. Mourão por sua vez, tem colocado que o racismo no Brasil não existee que estão querendo “importar” o racismo para o Brasil. O que Bolsonaro nega com a ideia de daltonismo, é que são os negros que morrem nas mãos da policia e que são os negros aqueles que são os mais atacados pelos seus projetos de precarização do trabalho e dos serviços públicos, e também são os que mais morrem vitimas do COVID-19

Leia mais em: Bolsonaro diz que lugar de quem luta contra o racismo é o lixo e Mourão escancara seu racismo elogiando "branqueamento da raça"

O nível de hipocrisia e medo que Bolsonaro tem da que as população preta se revolte é tamanho que, de acordo com notícia vinculada ao portal fórum , Bolsonaro teria ordenado que a Agência Brasil ignorasse o assassinato de João Alberto. Essa censura teria sido encaminhada aos funcionários da Agência no dia 20 de Novembro, em pleno dia da Consciência Negra.

O nível de cinismo é grande, tanto em Bolsonaro quanto Mourão colocam que inexiste racismo em nosso país, e que o caso de João Alberto está sendo usado de forma “ideológica”, como se se utilizar do mito da democracia racial teorizado por Gilberto Freyre para pintar a imagem de que o Brasil é um pais onde o racismo não existe, e assim permitir que o estado continue a explorar e exterminar mais a juventude preta descarregando a capitalista em suas costas não fosse algo "ideológico", um projeto político. A desonestidade intelectual bate a porta do governo Bolsonaro, além de se utilizarem do negacionismo para gerir o país diante da pandemia, os próprios dados da Covid-19 tem demonstrado que o racismo está presente e faz parte da formação social de nosso país, que remonta desde o período de escravidão.

Na pandemia, por exemplo, o mais índice de mortes é da população negra. E não apenas na morte, mas o impacto sobre o trabalho também recai sobre às costas da população negra ,tendo em vista que os negros representam um total de 64% de desempregados no Brasil segundo dados do IBGE.

Leia mais em: Racismo em dados: na crise capitalista, 64% dos desempregados são negros

Bolsonaro e Mourão representam no Brasil a ascensão de um regime degenerado que se coloca na defesa do capital financeiro e da precarização do trabalho para favorecer os capitalistas e assim descarregar a crise nas costas das mulheres, dos negros e da população LGBT, nem que para isso precise negar pautas históricas desse movimento e passar a mão na cabeça do PM e do segurança que assassinaram João Alberto justamente por ser preto.

A organização do povo preto em conjunto com a classe trabalhadora, que no Brasil é majoritariamente composta por negros, especificamente de mulheres negras, é a única que pode realmente impor justiça por João Alberto e tantas outras pessoas que foram mortas nas mãos desse sistema apodrecido.

Fonte: Revista Forum.

 
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