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GREVE DE FOME
Ratinho quer fechar escolas em Curitiba enquanto professores estão há 8 dias em greve de fome
Redação

Além de ignorar os professores que estão a 8 dias em greve de fome contra um processo seletivo presencial que irá aglomerar milhares de servidores em meio a alta de casos de covid-19, o governador do Paraná Ratinho Junior (PSD) quer fechar 7 escolas tradicionais da capital Curitiba, dificultando centenas de estudantes a terem o direito a vaga na educação pública.

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Foto: Rodrigo Felix Leal/ANPr

O governador do estado do Paraná Ratinho Junior (PSD) é um notório inimigo da educação pública. Além de ignorar os professores que estão a 8 dias em greve de fome contra um processo seletivo presencial que irá aglomerar milhares de servidores em meio a alta de casos de covid-19, Ratinho quer fechar 7 escolas tradicionais da capital Curitiba.

Em documento assinado na última sexta-feira (20), a Secretaria de Estado da Educação e Esportes (Seed) orientou ao Núcleo Regional de Curitiba (NRE) o fechamento de 7 escolas. Ratinho Jr argumenta que a medida será para “otimizar” as instituições escolares, porém professores denunciam que este é mais um ataque que visa reduzir gastos na educação, dificultando centenas de estudantes a terem o direito a vaga nas escolas.

Essa proposta não é original. Todo fim de ano o governo apresenta esta mesma proposta, atropelando qualquer diálogo com a comunidade escolar.

Greve de fome

Nesta quinta-feira (26) completa-se 8 dias que professores da rede pública estão em greve de fome em frente ao Palácio do Iguaçu, sede do governo em Curitiba. Dos 47 professores que iniciaram a greve de fome, restam 21 que levam ao limite de suas forças a luta pelas demandas da categoria.

A principal pauta da greve é a revogação do Edital 47/2020 que convoca um processo de contratação via PSS (Processo Seletivo Simplificado) com prova presencial que poderá aglomerar até 100 mil professores em meio a pandemia, expondo as vidas dos trabalhadores e de seus familiares a contaminação por covid-19.

Além do governador Ratinho Jr, os trabalhadores protestam contra os abusos do Secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, empresário e cogitado a Ministro da Educação de Jair Bolsonaro, responsável pela implementação presencial do processo.

Professores que entraram em contato com o Esquerda Diário explicam que esse processo é parte da contratação precária de professores, com duração de apenas um ano, enquanto o governo de Ratinho Jr se nega a realizar concurso público com maior garantia de estabilidade. A contratação via PSS também flexibiliza os direitos trabalhistas da categoria e facilita demissões.

Além da revogação do Edital (47/2020) da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte, referente a prova para PSS, a categoria também reivindica:

- Pagamento de direitos de carreira como progressões e promoções que estão congelados;

  •  Prorrogação dos contratos atuais de 9 mil trabalhadores;
  •  Pelo não desemprego de 29.642 profissionais da educação, entre professores e funcionários;
  •  Revogação da terceirização dos funcionários de escolas;
  •  Revogação da militarização de escolas com ensino noturno e da prática ilegal do governo ao expulsar milhares de estudantes que estão regularmente matriculados no EJA, no ensino regular, e no ensino profissionalizante;
  •  Pagamento em folha complementar do atrasado do salário mínimo regional aos funcionários agentes I.

    A prova está marcada para o dia 13 de dezembro. Nesta quinta-feira (26) haverá uma assembleia geral online para que os professores discutam os próximos passos das reivindicações.

    Todo apoio aos professores do Paraná! A luta pela educação pública de qualidade não é uma luta só dos professores, mas de toda a classe trabalhadora atacada pelos governos e exposta aos riscos da covid-19, riscos negados e negligenciados por Bolsonaro, Mourão, e os setores golpistas que os apoiam. Todos os movimentos e partidos de esquerda devem se solidarizar com essa situação, e os sindicatos organizarem a massificação da mobilização e o apoio de outras categorias.

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