(Foto: Alan Santos / Presidência da República)
A transposição do Rio São Francisco é uma obra que construiu centenas de quilômetros de canais e que tinha como objetivo levar as águas do rio a regiões castigadas pela seca em diversos estados nordestinos, como Pernambuco, Paraíba e Ceará. Os gastos da União com o projeto já superam os R$ 10 bilhões.
Desde 2019, este projeto foi incluído no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do Governo Federal, visando buscar empresas privadas para a operação e a manutenção do projeto. Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, o Governo Federal pretende fazer o leilão da transposição até julho de 2021.
Bolsonaro, no entanto, afirmou cinicamente que não se trata de uma privatização, mas apenas uma “alternativa eficiente”. Este caso é emblemático de como funcionam diversas concessões à iniciativa privada no Brasil. O estado arca com os maiores custos, nesse caso o investimento bilionário de construção, para logo em seguida repassar para o setor privado, que poderá ter lucros, muitas vezes às custas de precarizar o serviço, como se pode ver no caso do Amapá, que está sem luz há semanas, fruto do descaso de uma empresa privada.
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