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APAGÃO NO AMAPÁ
Mais de 15 dias sem luz e apagão reincidente no Amapá: os governos são responsáveis
Redação

A primeira quinzena do estado de calamidade devido à falta de energia elétrica no Amapá se fechou com mais um apagão e protestos pela madrugada. Eleições podem acontecer nos dias 6 e 20 de dezembro.

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Foto: ANDRE BORGES

Passados 15 dias de apagão no Amapá, outro blackout volta a acontecer, seguido de protestos em ao menos duas cidades. Mas ontem, segundo o Operador Nacional de Sistema Elétrico (ONS), a causa foi outra, e o transformador da subestação da capital, Macapá, não apresentou nenhum problema. Segundo o governo federal se trata de uma instabilidade na rede, minimizando a gravidade da reincidência desse verdadeiro crime contra a população amapaense.

O primeiro apagão aconteceu no dia 3 de novembro, com um incêndio no transformador da subestação de Macapá, levando à falta de energia elétrica em 14 dos 16 municípios do estado. O ocorrido foi de responsabilidade de uma empresa privada, de capital espanhol. Culpa da política privatistas de governos como o de Bolsonaro, mas também de Goes do PDT, tendo em vista que órgãos públicos do setor de energia sabiam há dois anos dos riscos de apagão no Amapá e nada fizeram, nem com o início de uma pandemia.

Os governos estadual e federal já fizeram e desfizeram promessas de solução do problema, sempre adiando os prazos. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, chegou a elogiar o setor de energia e o secretário de Desestatização de Paulo Guedes garantiu que a privatização da Eletrobrás não está em risco.

Desde o dia 7, a população passa por regime de rodízio. No entanto, apenas os trabalhadores, pois nos bairros burgueses [onde residem juízes e a família Alcolumbre, há energia 24h por dia-http://www.esquerdadiario.com.br/No-Amapa-juizes-tem-energia-eletrica-enquanto-trabalhadores-sofrem-rodizio]. As manifestações que denunciam essa situação são tratadas com extrema repressão, chegando ao ponto de as balas da polícia terem cegado um menino de 13 anos.

Veja também: No Amapá “Se a gente não morre de sede, fome ou Covid, a polícia termina o serviço”, diz entrevistada

Isso tudo, com direito à mais descarada ocultação pela mídia tradicional, que evita se desgastar ou com o partido supostamente democrático do governador, o PDT, ou com o governo federal, tendo em vista que ambos são culpados pela situação. Ciro publicou nas redes sociais uma acusação do governo federal por crime de responsabilidade, uma forma de desviar as atenções da responsabilidade que seu próprio partido tem pelo crime.

No entanto, o povo do Amapá não pode esperar pela benevolência ou pelo cumprimento das promessas de Bolsonaro, Waldez Góes, Davi Alcolumbre ou Bento Albuquerque. Precisa impôr sua resposta para a crise a contragosto de todos esses setores, que defendem em primeiro lugar a propriedade privada e os lucros das grandes empresas.

Os amapaenses hoje sozinhos organizam ações de solidariedade para angariar insumos básicos para a população. É urgente impôr um plano emergencial para retomar a energia, garantir alimentos, água potável, insumos e materiais de proteção contra a Covid-19 e todas as necessidades básicas. Além disso, é preciso colocar de pé uma grande luta contra as privatizações, por todo sistema de energia 100% estatal e sob controle dos trabalhadores.

A esquerda, os sindicatos e movimentos sociais precisam cobrir de solidariedade as manifestações em curso e fomentar a auto-organização dos trabalhadores e todos os oprimidos para derrotar Bolsonaro, Mourão e todos os golpistas, responsáveis por todo o sofrimento do povo amapaense.

 
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