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ELEIÇÕES SP 2020
Com tucano na disputa do segundo turno, relembre legado de ataques da gestão Doria e Covas
Redação
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Foto: Suamy Beydoun/Agif/Estadão Conteúdo

Bruno Covas atual prefeito de São Paulo pelo PSDB fará o segundo turno com Guilherme Boulos do PSOL. Bruno durante boa parte da campanha não vinha fazendo nenhuma questão de ser associado ao governador João Doria, do qual ele foi vice na candidatura de 2017 até 2018, momento que Doria assume o governo do estado e Bruno a prefeitura. No dia da votação para o primeiro turno, ambos votaram juntos deixando claro que Doria só ficou ocultado durante a campanha do primeiro turno pela baixa popularidade. Por isso recordaremos cinco ataques da gestão feitos de 2017 a 2020, sejam juntos na prefeitura ou integrados como prefeito e governador.

1) Farinata: a "ração humana"/lixo para a população

Em 2017 no seu primeiro ano na gestão da prefeitura, uma medida que exemplifica perfeitamente como o PSDB historicamente promove a precarização da população pobre da cidade foi a farinata. Uma ração feita com restos de alimentos não utilizados pelos mercados e pela indústria que estejam perto da data de vencimento da validade, um verdadeiro lixo ultra processado.

Dória acabou voltando atrás e cancelando a “ração humana” mas não porque está preocupado com a alimentação da classe trabalhadora paulista, e sim pelo rechaço do povo e de quem trabalha com alimentação, estes últimos sempre deixaram claro como além do lado desumano e perturbador de dar ração aos trabalhadores, a farinata não seria suficiente nem para nutrir. Ainda que fosse, não alteraria em nada como foi perturbador essa ideia chegar a ser cogitada.

2) Sampaprev: o confisco salarial dos servidores municipais

Em meio aos cortes do governo Temer, Doria tentou articular uma nova reforma da previdência municipal que acabou não indo a frente. Porém, Bruno Covas pouco tempo depois conseguiu novamente articular com grande apoio da Câmara municipal a reforma da previdência que aumentou consideravelmente a alíquota de contribuição dos servidores municipais, além de elevar a idade mínima de aposentadoria.

Apesar da intensa luta principalmente dos professores, que protagonizaram 1 mês de greve, sob forte repressão a reforma foi aprovada, enquanto Covas e Dória viajavam ao exterior para passar férias e cortavam direitos dos trabalhadores, Covas tratou como mimimi a luta pela aposentadoria.

3)Demissões em meio a pandemia

Em pleno coronavírus, onde grande parte da população não encontra recursos financeiros suficientes para se manter, Dória e Covas demitiram 4 mil merendeiras que já eram extremamente precarizadas, deixando-as sem nenhuma fonte de renda pois terão que conseguir juridicamente os seus direitos, ficando a mercê da legalidade.

Além de planejarem uma política de reabertura das escolas sem nenhuma base na realidade, ignorando as ausências de infraestrutura de grande parte das escolas públicas, Covas ainda comprou vagas em escolas particulares fortalecendo os empresários do ramo das Escolas e demitiu terceirizadas que trabalhavam na parte da limpeza.

4) Famílias na rua e meio a crise sanitária

Uma ação que já era rotina, as reintegrações forçadas de posse, aumentaram durante a pandemia. Tanto com Covas na capital e Dória no interior mostrando como estes utilizam as forças repressivas do Estado .

Já seria um absurdo por si só expulsar pessoas que não tem dinheiro algum de edifícios desocupados em nome da especulação imobiliária, mas em meio a pandemia demonstra a insensibilidade e a indiferença de Dória e Covas com os moradores sem teto de São Paulo. Se em condições de moradia precária já é difícil para grande parte da população manter o isolamento contra o coronavírus, na rua se torna impossível.

Como agente financiado pelos grandes proprietários do mercado imobiliário não é de se surpreender a crueldade mostrada por Covas. Famílias tradicionais do mercado imobiliário paulistano, por exemplo, foram responsáveis por aportes de aproximadamente R$ 1 milhão na campanha de Covas, que se comprometeu a trabalhar por mudanças no Plano Diretor que será submetido à revisão em 2021.

5) Covas é a continuidade privatizante de João Doria e do PSDB

Covas assumiu (e implementou) boa parte do plano de privatizar toda a cidade de São Paulo que tinha João Doria quando ele ainda era seu vice. Do Pacaembu até o Ibirapuera e outros parques, do Autódromo Interlagos até hospitais, companhia de transporte e outros serviços públicos, Bruno Covas tem em seu DNA o traço dos tucanos de vender tudo aquilo que serve de alguma forma para a população para que sirva de lucro para o interesse privado.

Além de 12 CEUs na lista do prefeito, Covas tem como último alvo de seu raio privatizante o Mercadão de São Paulo, importante centro de comércio da cidade.
É a velha lógica liberal: precariza tudo para depois mostrar que "deve" ser privatizado. Tira do interesse público e transforma em fonte de lucro para empresário.

 
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