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POLÍTICA
MP do RJ denuncia Flávio Bolsonaro por crimes ligados ao escândalo das “rachadinhas”
Márcio Pasqual

Em investigação que se arrasta por mais de dois anos, Flávio Bolsonaro é acusado de participação em diversos crimes e a denúncia feita pelo Ministério Público do Rio de Janeiro foi apresentada ontem, 3, à Justiça.

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Imagem: Reprodução/Instagram via BBC

Após mais de dois anos de investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro, o senador e ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi denunciado por peculato, lavagem de dinheiro, apropriação indébita e de ser o mentor da organização criminosa responsável pelo esquema das "rachadinhas".

A denúncia se dá no âmbito do Caso Queiroz, como ficou conhecido o processo que investiga tal esquema de corrupção, e nela apura-se o envolvimento do filho do presidente Jair Bolsonaro. Além de Flávio, foi denunciado o ex-assessor Fabrício Queiroz e outros 15 ex-assessores. O MP apura, desde 2018, o suposto esquema de "rachadinha" no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Assessores repassariam seus salários ao chefe por meio de Queiroz, o operador. Ao longo das apurações, a Promotoria revelou ainda uma série de indícios de que o senador e ex-deputado teria "lavado" dinheiro por meio de imóveis e de uma franquia da rede de lojas de chocolates Kopenhagen.

Caso a Justiça aceite a denúncia, Flávio Bolsonaro e seus ex-assessores virarão réus. A Promotoria ajuizou a denúncia no dia 19 de outubro, mas, como o desembargador relator estava de férias, a peça processual só chegou a ele na última terça-feira. Na denúncia apresentada à Justiça, o Ministério Público amarra uma série de informações que já haviam sido oferecidas ao longo da investigação. Tudo gira em torno de Flávio Bolsonaro ter supostamente se apropriado do dinheiro público da remuneração de seus assessores e, depois, praticado a lavagem desses recursos por meio da organização criminosa.

Desde o início do ano surgiam rumores de que a denúncia estava prestes a ser apresentada, dado o nível de embasamento das provas que o MP elencou ao longo da investigação. No entanto, uma série de imbróglios judiciais, envolvendo principalmente o foro do senador, prorrogaram o andamento do caso.

Na mesma semana em que veio à tona o vídeo em que um advogado humilha uma jovem em plena audiência e nas barbas do juiz, devemos questionar profundamente todo o sistema judiciário brasileiro. Os trabalhadores devem buscar uma resposta à altura de seus anseios, basta de Bolsonaro e seu clã, nossa resposta deve se dar através de uma mobilização independente e não na confiança na Justiça, que por diversas vezes já demonstrou que fez um pacto com Bolsonaro para que os trabalhadores paguem pela crise criada e gerida pelos grande capitalistas.

Nós, os trabalhadores, devemos depositar nossa confiança nas nossas próprias forças, tomando em nossas mãos os sindicatos e se organizando em cada local de trabalho contra medidas de corrupção e ligações milicianas do Estado. Só assim poderemos realmente derrotar Bolsonaro, os golpistas e os grandes capitalistas.

 
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