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VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES
“No Brasil de Bolsonaro, estupros aumentam 8%: não podemos admitir.”, diz Diana Assunção
Redação

Com 66.123 casos registrados, um a cada oito minutos, os registros de estupro aumentaram 8% em 2019 em relação ao ano anterior. Diana Assunção, do grupo de mulheres Pão e Rosas e da bancada revolucionária do MRT, comentou os absurdos números.

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Os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2020 revelam dados estarrecedores sobre o número de estupros registrados no Brasil em 2019. O número absoluto de mais de 66 mil casos é composto em sua maioria, 57,9% das ocorrências, de estupros cometidos com crianças de até 13 anos de idade. 70,5% consistiram em estupro de vulnerável, quando a vítima é menor de 14 anos ou é considerada incapacitada de oferecer qualquer tipo de resistência à agressão. 28% das vítimas tinham entre 10 e 13 anos; 18,7% entre 5 e 9 anos e 11,2% foram bebês com até 4 anos. 85, 7% das ocorrências são contra mulheres. E em 84,1% dos casos os agressores eram alguém conhecido das vítimas.

A comparação com dados anteriores mostra o agravamento da questão, quando em 2015 se registrava a estatística de um caso a cada onze minutos, tendo crescido para um caso a cada oito minutos em 2019. Diana Assunção comentou os dados divulgados:

“O número absurdo de casos de estupro registrados em nosso país – lembrando que eles não são a totalidade, e talvez nem mesmo a maioria dos casos totais – é uma das mais grotescas demonstrações do machismo e da misoginia presentes em nossa sociedade. Não é à toa que o número cresceu após o início do governo Bolsonaro. Basta lembrarmos das suas nojentas declarações feitas à deputada petista Maria do Rosário, sobre não a estuprar porque ‘não merecia’; ou da perseguição criminosa que sua ministra Damares Alves e sua admiradora Sara Winter promoveram contra uma menina de dez anos que engravidou após ser sistematicamente estuprada pelo tio; ou ainda o caso escandaloso do jogador Robinho, admirador declarado de Bolsonaro e que assumiu em conversa com o amigo o estupro coletivo de uma mulher albanesa na Itália. Esses casos abomináveis são o emblema de todo o machismo e misoginia representados por essa extrema-direita, para quem as mulheres são objetos sujeitos a seus crimes desprezíveis.

Lutamos pela organização das mulheres, ao lado da classe trabalhadora, para acabar com essa barbárie, e contra um Estado que é conivente, quando não o próprio agente dessa agressão. Enquanto Bolsonaro e sua corja fazem declarações canalhas defendendo ‘penas duras’ contra estupradores, como castração química, são os que seguem sendo coniventes e incentivadores de todo tipo de violência contra as mulheres. A polícia e o punitivismo judicial estão muito longe de representar uma saída para essa absurda e massiva violência, que só pode ser combatida pela organização das mulheres e da classe trabalhadora, se colocando ao lado de cada vítima em sua luta por justiça mas travando um combate profundo contra um sistema social capitalista que tem na opressão às mulheres uma das bases fundamentais de sua dominação e exploração.”

 
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