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PORTO ALEGRE
Marchezan, empresários do transporte e justiça avançam contra os cobradores em acordo milionário
Redação Rio Grande do Sul

Em acordo judicial para salvar empresários do transporte de Porto Alegre judiciário autoriza as empresas de transporte público a não contratarem e nem repor cobradores na cidade. Ou seja, avançam na medida para extinguir cobradores na cidade.

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O acordo expressa que "no período de um ano, contado da celebração deste acordo, as concessionárias ficam dispensadas da contratação ou reposição de cobradores para fins de cumprimento da obrigatoriedade de tripulação mínima." Ou seja, o acordo prevê que as empresas de transporte de Porto Alegre não precisam contratar nem repor cobradores pelo próximo ano. Aplicam isso com o pretexto da pandemia, mas certamente vão querer manter esse acordo para extinguir de vez o fundamental cargo de cobrador.

Esse é apenas um dos pontos entre vários que servem para salvar os lucros dos grandes empresários do transporte de Porto Alegre. O acordo prevê um pacote de R$ 39,3 milhões para salvar as empresas e onerar seus cofres.

Como se não bastassem todas as demissões e cortes de salários que ocorreram durante a pandemia, jogando muitos trabalhadores no desemprego, amparados pela MP da morte de Bolsonaro, os barões do transporte público de Porto Alegre são insaciáveis. Não conseguiram por meio da câmara de vereadores extiguir os cobradores devido a intensa mobilização dos rodoviários pela manutenção dos empregos, mas agora durante a pandemia querem passar a boiada nos transportes. Pressionando trabalhadores por plebiscito para aceitarem a redução salarial, demitindo arbitrariamente delegado sindical, como foi o caso do Digão da Tinga e querendo patrolar os direitos para descarregar a crise nos trabalhadores e atacar o direito de organização dos trabalhadores.

Se os patrões não estão contentes com seus lucros, que larguem o osso e deixem que trabalhadores e usuários do transporte administrem as empresas. Sem a absurda margem de lucro desses empresários o transporte público poderia ser verdadeiramente público, dirigido pelos trabalhadores e controlado pelos usuários, se teria um transporte de maior qualidade e mais barato sem dúvida.

Esse acordo só demonstra a cara elitista desse judiciário que também está do lado dos patrões e não dos trabalhadores e da população que sofre em ônibus lotados durante a pandemia. É preciso uma grande mobilização desde a base dos rodoviários que juntos tem o poder de parar Porto Alegre como fizeram em 2014. Pela revogação imediata desse acordo! Pela readmissão do Digão! Contra o plebiscito! Pela proibição das demissões! Pela recontrataçâo de todos os demitidos durante a pandemia! Pela diminuição da jornada sem redução salarial para geração de emprego! Que os empresários paguem pela crise!

 
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