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América Central
Terra, Trabalho e Educação! As Exigências nas Ruas do Panamá.
Rosa María Narváez

Estudantes universitários que protestam contra cortes no orçamento da principal universidade do país estão agora sendo acompanhados por protestos de sindicatos e comunidades sem terra que exigem uma solução.

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Novos protestos estão se espalhando no Panamá para enfrentar cortes na educação, desemprego, falta de pagamento e reivindicações de terras. Diferentes organizações sindicais, comunitárias e universitárias realizaram um dia de mobilização na última terça-feira em várias partes do país centro-americano.

A denúncia feita por esses setores centrou-se na rejeição do corte milionário (91 milhões de dólares) do orçamento da Universidade do Panamá, a modificação do Código do Trabalho e o direito à terra e serviços básicos nas comunidades do norte do Panamá.

Assim, os universitários seguem com sua terceira semana consecutiva de protestos, enquanto cresce o descontentamento social, pois com estes cortes do governo está ameaçada a construção de uma nova Faculdade de Medicina e Enfermagem, bem como pesquisas futuras, enquanto o número de infectados por Covid-19 já sobe para 104.138 casos.

Durante o protesto, onde houve o fechamento temporário da via Transístmica, professores da Universidade do Panamá também se uniram na rejeição aos cortes.

Por sua vez, um grupo de 200 trabalhadores demitidos em março passado pela filial colombiana Conalvías, no Panamá, exigiu na quinta-feira o pagamento de seus benefícios e exigiu que o Metrô do Panamá, que o contratou, responda pela dívida, cujo montante atinge mais de 600 mil dólares.

Trabalhadores do Sindicato Nacional Único dos Trabalhadores da Construção e Similares (Suntracs), bloquearam uma das estradas mais importantes perto da construção da linha 2 do metrô para exigirem os benefícios que lhes são devidos há mais de 6 meses, afetando suas famílias em uma total crise de saúde.

Integrantes do Sindicato dos Trabalhadores Administrativos da Universidade do Panamá (Sintup), da Federação Nacional dos Trabalhadores da Indústria Aeroportuária (Fenatia), Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Atacadista e Varejista das Empresas de Serviços e Afins do Panamá (Sitracommcsap), o Sindicato Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Aviação, Logística, Similares e Afins (Sielas), aderiram às mobilizações.

Da mesma forma, a Coordenadoria Victoriano Lorenzo (CVL), grupo que reúne organizações comunitárias de diferentes partes do Panamá, marchou do Parque Porrasaté até as instalações da Presidência da República, exigindo a titulação de terras e que o Estado cumpra a prestação de serviços básicos, água potável e educação em áreas “abandonadas” pelas autoridades.

A jornada de mobilização tem fortalecido as demandas de todos os setores que hoje convergem nas ruas, diante de um regime questionado pelas reformas constitucionais passadas, e hoje podem avançar se, de forma unitária, conseguirem promover um grande plano de luta contra o governo que, longe de agir a favor da maioria da população, está governando para a classe empresarial em detrimento das necessidades e direitos da grande maioria da população.

 
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