Foto: JC Imagem
A situação do transporte público do Recife é calamitosa. As empresas, que reduziram a frota durante a pandemia, enquanto já são dezenas de trabalhadores mortos.
Não obstante, as empresas de ônibus continuaram aplicando ataques que vinham desde antes da pandemia, como demissões em massa e a aplicação da dupla função. Só durante a pandemia, o número de linhas com dupla função subiu de 205 para 267 e o número de motoristas nesse regime subiu de 1280 para 2386. Os ataques só não foram maior graças às mobilizações dos trabalhadores.
Se antes o governo limitava o número de linhas que podia ter dupla função com bases à critérios supostamente técnicos, agora a ordem é liberou geral. Usando como pretexto a crise econômica e que supostamente a dupla função seria uma tendência geral no Brasil e no mundo, o governador dá o aval para que as empresas apliquem a dupla função de forma indiscriminada.
A dupla função, onde foi colocado, já mostrou o resultado: motoristas mais sobrecarregados no trabalho, a viagem fica mais lenta (pois o motorista tem de dar o troco) e mais acidentes. Além disso, isso irá resultar na demissões de milhares de trabalhadores, no meio da pandemia, num momento onde o desemprego bate recordes. Tudo isso em nome de preservar o lucro das empresas de ônibus, que mandam e desmandam a vontade.
Os trabalhadores e a população pernambucana não podem aceitar mais esse ataque. O PSB, seja no governo ou na prefeitura do Recife, ao mesmo tempo que se vangloria por ter supostamente combatido a pandemia (apesar das quase 8 mil mortes, mais a subnotificação), ataca os trabalhadores e deixa a população mais exposta ao contágio. Por isso, nós do MRT e do Esquerda Diário repudiamos esse ataque e convocamos a mais ampla mobilização.
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