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Grande jornada de luta na Argentina: Plenário de trabalhadores convoca às ruas no dia 17
Jonatan Ros

Na quinta feira 17 será feita uma jornada de luta em Buenos Aires e em vários pontos do país convocada pelo Plenário sindical combativo. Os motivos e a urgência sobram. Será desde as 15 horas, com uma caravana que sairá da Av. Belgrano e Jujuy e chegará à praça de Maio onde haverá um ato.

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Na quinta-feira 17 ocorrerá uma jornada de luta em Buenos Aires e em vários pontos do país. Os motivos e a urgência sobram. As ocupações de terra por parte dos e das que não restou nada devido a crise, as demissões, a impossibilidade de alugar ainda que seja um cômodo para viver amontoados.

A indignante campanha onde os reacionários e "progressistas" parecem um só, gritando contra os "usurpadores" que sem dúvida para eles, "cometem delito". Ter um pedaço de terra onde ter um abrigo significa um delito, onde a lavagem de dinheiro e a fuga de capitais não levou e nenhuma pessoa detida.

Sair às ruas para apoiar estas famílias, para que haja uma solução de acordo com suas necessidades, é uma obrigação de todos os lutadores e a esquerda.

Temos que ser milhares, porque disso em parte depende que não passem por cima de nós, nem que nos deixem por baixo.

A Bonaerense (polícia da região de Buenos Aires) que cortou as ruas, acessos, que usou patrulheiros para isso e foi armada para a Quinta de Olivos, gozará de impunidade e de um gordo aumento salarial, enquanto que as e os trabalhadores da saúde tem os salários virtualmente congelados, assim como a maioria da classe trabalhadora.

O governo fez isso. Com Berni a frente mas com o presidente e o governador por trás, empoderaram a máfia policial, e deram tanta força moral e ânimo, que o usaram inclusive para sair contra eles para pedir mais poder e equipamentos.

Ali no "protesto" estiveram seguramente os responsáveis diretos do assassinato de Facundo Castro, caso em que Berni e o governo desviaram a investigação. Não apontaram para a Bonaerense para não ficar mal com eles.

Exigimos a saída de Berni, mas Kicillof decidiu deixá-lo em seu posto, enquanto criminaliza a quem não tem um teto para sua família. Contra essa impunidade, saímos às ruas, apar pedir justiça por Facundo.

Os trabalhadores sofremos com essa crise fortemente. Somos os informais, que vamos trabalhar no transporte público, os que vamos para as fábricas para produzir coisas que eles consideram essenciais como guloseimas. Com isso conseguiram que as empresas sejam focos de contágio. Há empresas onde mais de 15% está contagiado, muito acima da média e levam a enfermidade a suas famílias. Os trabalhadores do transporte afetados pela falta de medidas de higiene e segurança.

Os e as trabalhadoras da saúde estão realmente na primeira linha, com milhares de contágios e mortos, pedem o elementar como insumos e pessoal necessário, denunciam a sobrecarga laboral que não só afeta a eles, mas também aos cuidados de todos os pacientes.

As vidas trabalhadoras importam

O governo está ocupado em garantir o pagamento de ATP para os empresários inclusive aos monopólios, negociar com os bonistas e o FMI e ão em fazer o necessário para enfrentar essa crise sanitária, centralizar o sistema de saúde para evitar que se siga perdendo vidas que poderiam ser salvas.

Assim está também a juventude estudantil com "virtuais" as custas da sobrecarga docente e dos precários que em suas bicicletas põe em perigo suas vidas para conseguir uns trocados sem direito algum para que os donos dos "aplicativos" se tornem milionários.

Tudo isso ocorre enquanto um grupo de empresários segue enchendo os bolsos as custas de nossas vidas. Nunca foi tão certo, que nossas vidas valem menos que seus lucros neste sistema.

A direita bate também, sai às ruas e pressiona mais por sua agenda. São os reacionários que queimam máscaras e pedem pelos golpistas de Vicentín. Eles saem às ruas. Nós não podemos não fazê-lo com nossas demandas.

As centrais sindicais são cúmplices, todos governistas. Mais que passivos, imóveis. A CGT se reúne com o Governo, vai pedir para que tire dinheiro dos trabalhadores para financiar as obras sociais. A burocracia não pensa em fazer nada sério contra a deterioração do salário que ocorre todo mês. Deveriam sair dessa passividade, lutar pelas demandas dos trabalhadores e, os sindicatos que se dizem solidários com o povo e dizem não querer a repressão, deveriam encher de solidariedade aos que lutam por seu próprio terreno e mobilizar-se contra todo despejo. Exijamos dinheiro para a saúde, moradia e educação. Não para mais repressão ao povo trabalhador.

O que é preciso não são cassetetes mas sim um plano de moradia, financiado por um imposto sério às grandes fortunas, como propõe a Frente de Esquerda Unidade. Por tudo isso, dizemos basta e saímos às ruas.

Pelo fato de que muitos companheiros não poderão assistir ao ato no dia 17 por estarem trabalhando nesse horário, para que possam participar sem limitações todos aqueles que queiram e se expressem as organizações em luta junto com a esquerda ao finalizar, às 18 horas, faremos uma concentração no Obelisco.

Impulsionamos esta atividade junto com os companheiros do ANCLA MST e outras organizações que venham a se somar, para que possam ir todas e todos as que queiram lutar, sem limitação alguma.

Porque frente a catástrofe a que nos estão levando os capitalistas e o governo, não pode haver limites para sair às ruas com todos os cuidados sanitários. Nos dizem "fique em casa" e obrigam a milhões a trabalhar muitas vezes sem a mínima prevenção. Esta vez "não fiquemos em casa" e saiamos a cuidar-nos, lutando por nossos direitos.

Estarão também representantes das lutas operárias, sociais e contra a impunidade. Venha a esta jornada com o MAC, com a RED e o PTS. Tomaremos todas as medidas de segurança sanitária necessária para nos cuidar, mas nos cuidar também é lutar por nossos direitos, porque ninguém o fará por nós. Então às ruas, porque a vida das e dos trabalhadores, importam.

 
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