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POLÍTICA E RELIGIÃO
Por unanimidade, PCdoB apoia em peso projeto de perdão da dívida das Igrejas
Redação

Toda bancada de parlamentares do PcdoB votou a favor PL 1581/2020 da isenção das dívidas tributárias das Igrejas com a Receita Federal, chegando ao valor total de R$ 1 bilhão de anistia.

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Foto: Bruno Bou

O projeto foi aprovado no Congresso Nacional e aguarda a aprovação de Bolsonaro. O autor da emenda é David Soares (DEM-SP), filho do dono da Igreja internacional da Graça de Deus, RR Soares. A Igreja Internacional da Graça de Deus, terá sua dívida de R$37,8 milhões absolvida. Essa é a realidade do Brasil que corta direitos e benefícios dos trabalhadores enquanto perdoa dividas milionárias dos grandes capitalistas.

O PCdoB não só apoiou o projeto como toda sua bancada de parlamentares votou a favor da isenções milionárias das grandes igrejas. Não é de hoje que o PCdoB vota a favor de projetos de lei que nada servem aos interesses da classe trabalhadora. O partido, além de votar a favor das MPs da Fome de Bolsonaro, que liberaram a suspensão parcial de jornadas e salários, teve o próprio deputado Orlando Silva como relator.

A própria deputada Jandira Feghali envergonhadamente admitiu que foi orientação partidária votar a favor do projeto que beneficiou as grandes igrejas, buscando separar sua figura da política que seu partido está levando a diante e sob a qual ela atua. Qual a possível justificativa do partido?

As igrejas hoje no país são verdadeiras grandes empresas a serviço dos interesses dos grandes capitalistas e políticos. Seus pastores políticos trabalham no Congresso, através da Bancada Evangélica para impor seu obscurantismo, trabalhando incessantemente pela criminalização do aborto – que vitima milhares de mulheres em abortos clandestinos – e para garantir inúmeros privilégios para as igrejas, como por exemplo, 663 imóveis de luxo e terreno da União sem nenhum pagamento de imposto. Esses terrenos são dos grandes donos das igrejas, que sugam cada suor da classe trabalhadora e transforma em lucros para si mesmos.

O PCdoB votou a favor dando as mãos para o partido da extrema direita, PSL, assim como toda a obscura Bancada Evangélica. Da mesma foma, parlamentares do PT, como a candidata a prefeita no RJ, Benedita da Silva, votaram a favor.

Não existe independência de classe ou separação entre religião e Estado para o PcdoB. Não há problemas se uma bancada toda de parlamentares votar favoravelmente ao mesmo projeto com o qual a extrema direita e outros reacionários fazem coro.

Enquanto Bolsonaro busca medidas para atacar os direitos dos trabalhadores, esses partidos que se dizem de esquerda e poderiam organizar todas suas forças políticas para impulsionar a luta dos trabalhadores, trabalham conjuntamente com aqueles contra os quais deveriam fazer oposição.

O PCdoB dirige a CTB, central sindical que poderia impulsionar o levante dos trabalhadores contra as políticas de Bolsonaro e Paulo Guedes. Porém, contrário a isso, busca alianças por dentro do Congresso.

É preciso apostar em um programa político com independência de classe para organizar um grande movimento de trabalhadores organizados em seus locais de trabalho, lutando contra Bolsonaro, Mourão e os militares.

 
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