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O TEMOR DO FANTASMA DO COMUNISMO
Secom bolsonarista quer criminalizar comunismo, comparando com apologia ao nazismo
Redação

Aproximando-se o dia da independência do Brasil, momento importante para os militares fazerem o seu carnaval pseudo-nacionalista, a Secom lançou uma série chamada “Um Povo Heróico. Uma das frases se destacou neste primeiro episódio, afirmando o comunismo como "o maior mal do mundo” ao lado do nazismo.

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A secom juntou-se aos esforços reacionários do deputado Eduardo para criminalizar o comunismo. O filho do presidente, o mesmo que é fã número um de forças repressivas de Israel denunciadas por tortura, assassinato e genocídio do povo palestino apresentou um projeto de lei para criminalizar as organizações, militantes, ativistas e lutadores que reivindicam a bandeira do comunismo como movimento pela libertação da classe trabalhadora e minorias da exploração brutal que sofrem.

Veja: Eduardo Bolsonaro quer criminalizar o comunismo, o igualando ao nazismo

Aproximando-se o dia da independência do Brasil, momento importante para os militares fazerem o seu carnaval pseudo-nacionalista, a Secom lançou uma série chamada “Um Povo Heróico” que pretende recuperar a “identidade nacional” que tem uma história “tão bela e grandiosa como desprezada e vilipendiada”, a série reacionária pretende relembrar os grandes “líderes”, heróis nacionais brasileiros.

Poderíamos já esperar um show de horrores e exaltações de figuras grotescas da elite brasileira que sempre se destacaram pelos seus atos heróicos de subordinação aos EUA e as classes dominantes do brasil na preservação do capitalismo e exploração dos trabalhadores e repressão de negros? Uma das frases se destacou neste primeiro episódio, afirmando o comunismo como "o maior mal do mundo” ao lado do nazismo.

Criminalizar o comunismo hoje para reprimir mobilizações de massas amanhã

Não é certo que Hannah Arendt teria orgulho de ver sua teoria dos “totalitarismos” contribuindo para a criminalização daqueles que reivindicam o comunismo no Brasil de Bolsonaro. Contudo, os autoritários de extrema direita, como Secom e Eduardo Bolsonaro, se inspiram nesta leitura clássica do liberalismo tendo um objetivo: repressão.

Daqui e dali os bolsonaristas buscam criminalizar a vanguarda da esquerda e da classe trabalhadora que luta pelo fim da exploração e opressão. A proposta de Eduardo quer enquadrar na Lei de Segurança Nacional (vale lembrar, aprovada no governo Dilma) a repressão ao comunismo, assim como o era na ditadura, punindo comunistas com 9 a 15 anos de prisão. Esta sanha repressiva vêm dos admiradores de torturadores e assassinos, como é Carlos Brilhante Ustra.

Em plena pandemia a classe trabalhadora é quem vem pagando pela crise sanitária, com mais de 120 mil mortes, e econômica, com uma queda histórica do PIB de quase 10%. O governo Bolsonaro tenta avançar na venda a preço de banana para capitalistas de importantes empresas e recursos nacionais como no caso dos Correios que no momento enfrentam o General que é presidente da estatal, e Paulo Guedes, pretende sucatear serviços públicos no Brasil com a reforma administrativa que demagogicamente dizem ser um corte de salários, uma mentira.

Pela boca do governo recheado de militares saem frases que bradam pela pátria, pela nação, mas estes mesmos macartistas do século XXI, além de gostarem de bater continência para a bandeira dos EUA e que adoram o Estado genocida de Israel, se curvam de joelhos para a intromissão americana em Alcântara e treinos de guerra e entregam nossas riquezas naturais, como o Petróleo, de bandeja para oligopólios estrangeiros. Contudo, não é novidade essa hipocrisia do nacionalismo burguês que prefere lamber as botas de racistas como Trump e destruir as condições de trabalho e vida da população trabalhadora e pobre enquanto se passa uma pandemia que mata centenas de milhares.

Essa hipocrisia nacionalista tem um fundo que surge do verdadeiro temor da revolta das massas e sua potência revolucionária que, diante da miséria, historicamente se levantaram e deixaram em desespero figuras como do clã bolsonaro. Tais eventos se repetem e neste contexto de crise e crescente miséria é um medo da burguesia brasileira e seus representantes mais reacionários uma revolta a là brasileira do que eles viram no ano passado no Chile (cujo mesmo Eduardo tremeu as pernas) e hoje observam a revolta negra nos EUA.

Os que equiparam estas duas “ideologias” fazem de tudo para desconectá-las de sua realidade histórica e social. Um se trata de um movimento histórico internacional dos trabalhadores pela destruição mundial do capitalismo e suas classes sociais, por uma vida livre, igual e digna, sem Estado e sem fronteiras;o outro de um movimento ultra-direitista nacionalista burguês, que tinha por objetivo preservar os grandes capitalistas e defender seus interesses, jogando o mundo numa guerra por recursos e lucros, avançando com a repressão genocida de minorias, ao mesmo tempo que torturava e massacrava organizações de esquerda e de trabalhadores, incluindo a repressão sangrenta contra os comunistas tanto na Alemanha como na Itália.

Vale também uma crítica ao stalinismo pelo seu papel execrável para a bandeira do movimento internacional de trabalhadores, com sua burocracia privilegiada que retrocedeu em direitos conquistados para as mulheres e minorias, assim como colocou em prática a repressão autoritária e esmagou os organismos democráticos da classe trabalhadora. O stalinismo cumpre muito bem seu papel de mancha na bandeira vermelha com a generalização do comunismo como as experiências do “socialismo real”, sendo muitos dos argumentos desonestos que compararam comunismo e nazismo partindo de características do stalinismo e não do comunismo enquanto bandeira e fenômeno político internacional da classe trabalhadora pela destruição do capitalismo a nível global.

Para ver mais sobre as posições do Esquerda Diário sobre este debate leia:Entenda por que o nazismo nunca teve nada a ver com o socialismo

Enquanto Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) quer calar a voz daqueles que lutam contra o capitalismo e suas mazelas contra a classe trabalhadora que é aquela que tudo produz e de quem a burguesia depende para tirar seus lucros, o mesmo aplaude o racismo, machismo, xenofobia e LGTBfobia, apoio típico de um fascista. O próprio governo Bolsonaro facilmente se enquadraria nessa lei, afinal, já fez reverências a vários líderes fascistas e nazistas: quando o secretário bolsonarista da cultura, Artur Alvin, interpretou líder Nazista e defende cultura como propaganda conservadora e nacionalista; quando Bolsonaro compartilhou frase do ditador fascista Mussolini; quando Bolsonaro bebeu leite em lives, imitando racismo da extrema-direita americana; etc.

Deixando a hipocrisia de lado, tais ameaças são sérias e devem ser contundentemente respondidas pelas organizações de esquerda, da classe trabalhadora, negros, mulheres e LGBT’s, na mesma medida que combatamos os ataques contra as condições de trabalho e vida da classe trabalhadora e seus direitos políticos conquistados com sangue e suor na história através da luta de classes. Neste sentido, a defesa de uma unidade para ação, uma frente única das organizações, partidos e movimentos sociais que defenda os interesses da esmagadora maioria da população se coloca novamente como perspectiva correta contra a criminalização da vanguarda de lutadores e das futuras revoltas sociais que ocorrerão no país. Façamos uma nova Revoada dos Galinhas Verdes.

Quando os integralistas tiveram de correr: A 81 anos da histórica "Batalha da Sé": a revoada dos Galinhas Verdes

 
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