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Leite quer punir com reprovação alunos por serem pobres em meio à pandemia
Diego Nunes

A Secretaria da Educação no RS (SEDUCRS) está exigindo que professores avaliem e concedam frequência aos alunos que respondem às atividades remotas. Os que não responderem estão sujeitos a reprovação e infrequência. Uma tremenda injustiça para com as famílias mais pobres.

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Na periferia de Porto Alegre foi organizado e está circulando um abaixo assinado (que disponibilizamos no final do texto) pela não reprovação dos alunos, muitos que neste momento estão ajudando a sustentar suas famílias ou pensando como superar a fome, e, logicamente, não tem acesso a equipamentos eletrônicos nem internet.

Além de não haver amparo pedagógico consistente, milhares de alunos não tem acesso por suas condições sociais e o governo de Eduardo Leite (PSDB) não fornece os mínimos recursos necessários como equipamentos eletrônicos e internet. No cenário atual em que muitos pais perderam o emprego o que se busca na escola são alimentos e nem isso o governo garante.

É preciso se levar em consideração também as condições psicológicas dos profissionais da educação, que estão sofrendo também com cortes de salário há 5 anos. Alguns professores contam hoje com o equivalente a apenas 1/4 do poder de compra do salário de 2015. Pais e mães de família que em muitos casos priorizam as contas básicas de sua família e não tem condições de manter um plano de internet ou de comprar um equipamento. Nesse período de pandemia o vale-transporte foi cortado também. A proposta de Eduardo Leite é que os professores e funcionários paguem para trabalhar, literalmente.

Diante disso é preciso se manifestar em cada comunidade escolar. Mostrar o nosso descontentamento com essa política educacional por meio de um abaixo assinado pode ser um primeiro passo. Quem tem que decidir os rumos da educação não são os altos funcionários de gabinetes do governo, que estão distantes da realidade, somos nós, professores, funcionários, alunos, pais e responsáveis por meio do conselho escolar. É fundamental que esses conselhos escolares se ativem e se renovem se necessário, eleitos pela própria comunidade, para que se possa decidir de acordo com a realidade vivida em cada escola e em cada comunidade. A escola é pública, a escola é nossa! Reproduzimos a seguir o conteúdo e o link do abaixo assinado.

“Nenhum estudante reprovado em 2020!

Nós, estudantes, mães e pais, da rede pública estadual do RS, somos contrários às avaliações que estão sendo realizadas neste momento na rede estadual para aprovação e reprovação de alunos no fim do ano, bem como aos registros de frequência dos estudantes, já que muitos pais estão sem condições de manter internet e acesso aos seus filhos. Muitos alunos nunca tiveram este acesso, estão sem as ferramentas, país e mães com perda de empregos e preocupações de sustentar a família. Assim como os alunos estão com inúmeras dificuldades de realização de atividade e acesso às plataformas online, estresse familiar e não podem ser prejudicados nesse momento de pandemia! Não temos culpa desse processo mundial de contaminação e ainda cai sobre nós essa exigência de aprovação, de entrega de trabalhos e avaliações de aulas que não conseguimos aprender e acompanhar! Ano letivo se recupera! Não à reprovação!!”

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