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DEMISSÕES E PARALISAÇÕES NA FORD
Ford segue intransigente em demissões e operários param a produção
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Desde quarta passada, os operários da fábrica da Ford, em Taubaté, frente a demissão de 137 trabalhadores, protestam pela reintegração de seus companheiros.

Com os contratos de trabalho suspensos desde agosto no regime de “layoff”, os 137 trabalhadores foram demitidos no dia em que deveriam voltar a trabalhar na fábrica.
Assim que souberam da demissão, eles organizaram um ato e buscaram o apoio dos demais colegas de trabalho da fábrica, que conta com cerca de 1500 trabalhadores.

Devido a ausência do sindicato de metalúrgicos da região, dirigido pela CUT, organizaram uma comissão de trabalhadores que, então, buscou, principalmente, organizar a solidariedade dos trabalhadores nos demais turnos da produção.

Somente no fim da manhã apareceram representantes da CUT e do Sindicato de Metalúrgicos. A empresa, questionada tanto pela comissão quanto, posteriormente, pelo sindicato, no entanto, se manteve intransigente e manteve a decisão

Responsável pela produção dos motores utilizados nos modelos New Fiesta e Ka Sedan, a fábrica tem sofrido intervenções há meses da patronal que justifica as demissões como “adequação de quadro”, pois os 137 seriam um “excedente” produtivo e a montadora já teria “esgotado opções capazes de manter o quadro”.

Indignados com a resposta, os trabalhadores, que vêem os milhões de lucro mundial que a Ford e demais multinacionais lhes arrancam todos os anos, ampliaram as ações de solidariedade e paralisaram pelo segundo dia consecutivo a produção na Fábrica, conseguindo a adesão de todos os turnos.

A direção do Sindicato de Metalúrgicos da Região, pressionada pelos operários, divulgou que nesta terça feira, dia 7/4, irá se realizar uma assembleia para decidir uma greve por tempo indeterminado na fábrica, pela readmissão.

A exemplo do que tem feito outras grandes multinacionais, a Ford tem implementado, igualmente, ataques em outras fábricas como é o caso da planta de São Bernardo do Campo (SP), em que há cerca de 423 operários em banco de horas e a produção estará paralisada do próximo dia 3 até o dia 14 para “readequação” da produção para a demanda.

“Readequar para a demanda” geralmente significa cortar gastos e a possibilidade de demissões e é pensando nisto que os operários ensaiam, desde Taubaté, a resistência contra os planos da patronal.

 
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