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FAMILIA BOLSONARO
Rachadinhas: Flávio Bolsonaro diz não lembrar de pagamento em espécie por imóveis
Redação

Flavio Bolsonaro disse não se lembrar de ter recebido, em dinheiro, um repasse pela compra de dois apartamentos em Copacabana. Enquanto as investigações do MP já se alastram por meses, o clã Bolsonaro e o judiciário mantém sua trégua instável.

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Imagem: Cristiano Mariz/Veja

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) disse em depoimento ao MP-RJ, de acordo com matéria veiculada no jornal O Globo, no âmbito das investigações das “rachadinhas", que não se lembra de ter feito pagamento em espécie durante a aquisição de dois imóveis em Copacabana em 2012. As investigações se alastram e demoram, algo que não está dissociada da instável trégua para ver que poder tutelará o regime e imporá ataques aos trabalhadores, entre os golpistas do STF e seus aliados em disputa com o clã Bolsonaro e os militares.

Os promotores teriam descoberto que, no mesmo dia em que a compra foi registrada em cartório, por R$ 310 mil, o vendedor dos imóveis efetuou ainda um depósito de R$ 638 mil em dinheiro vivo em um banco próximo. Para o MP-RJ, a venda foi registrada abaixo dos valores negociados, e o pagamento em espécie foi feito no momento da escritura e com dinheiro vindo das rachadinhas.

As “rachadinhas" consistem do repasse de uma parcela do salário por parte de um servidor público ou prestador de serviços da administração, de parte de sua remuneração a políticos e assessores. No caso de Flávio, as investigações começaram a partir da identificação de transações suspeitas de Fabrício Queiróz, hoje preso, no período em que era seu assessor.

Mais esse episódio da investigação é revelado ao público. Demonstra-se mais que nunca o quanto o clã Bolsonaro está mais preocupado com seu enriquecimento pessoal do que com a classe trabalhadora – a mesma que morre todos os dias pela COVID-19, com a qual Bolsonaro lava a cara de sua ingerência com demagogia. O poder judiciário, seja o MP-RJ, seja o STF, tem seus interesses particulares em tanto investigar Flávio, como também postergar por meses as mesmas – igual faz com o assassinato de Marielle Franco. A população fica sem respostas e os crimes permanecem em sigilo, ocorrendo normalmente, apenas com um sentido mais polido de que se está punindo os corruptos, um verniz burguês que na verdade não toca nas feridas podres desse regime cada vez mais tutelado pelos militares.

Diante da postergação calculada e igualmente duvidosa do judiciário para com as investigações, que os crimes do clã Bolsonaro sejam abertos para nós, a classe trabalhadora, julgarmos: pela abertura de todas as contas de empresários e políticos corruptos para todos; os salários dos trabalhadores e suas contas não são segredo para ninguém, e que sejam conhecidas também as contas daqueles que nos roubam. Que os crimes de corrupção sejam julgados por juris populares, e não por ricos ministros do STF cheios de privilégios. Que todos os bens dos corruptos e seus familiares beneficiados pelos esquemas sejam confiscados para que esse dinheiro volte para os trabalhadores por meio de direitos. Cada vez mais se coloca como a crise política, econômica e sanitária não poderá ser solucionada por clãs corruptos, muito menos por esse poder judiciário – ambos são alheios aos interesses da classe trabalhadora brasileira e por isso, precisamos de uma saída independente.

 
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