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RACISMO E CORONAVÍRUS
Pobres se infectam 2,5 vezes mais que ricos na capital de SP, segundo pesquisa
Redação

Um estudo fez uma estimativa da quantidade real de casos em São Paulo, dado a imensa sub-notificação pela falta de testes. Apontou também que quem só tem ensino fundamental, se infectou 4,5 mais do que os que possuem ensino superior. Doria e Bolsonaro são responsáveis.

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Imagem: FUP

Um estudo fez uma estimativa da quantidade real de casos em São Paulo, dado a imensa sub-notificação pela falta de testes. Apontou também que quem só tem ensino fundamental, se infectou 4,5 mais do que os que possuem ensino superior. Doria e Bolsonaro são responsáveis.

O estudo foi realizado entre os dias 20 e 29 de julho, com testes sorológicos em 1.470 indivíduos em 115 setores do município. Em números totais, o anticorpos está em 17,9% da população adulta do município ou 1,5 milhão de moradores da capital paulista com 18 anos.

Doria está inclusive ignorando passos do seu próprio plano de reabertura econômica de SP, frente a um aumento colossal de casos, o que o governador playboy faz não é preparar o sistema de saúde e a cidade para salvar vidas, e sim abrir bruscamente o comércio para agradar aos grandes patrões e expor funcionários e pequenos comerciantes, que deveriam ter um auxílio emergencial mensal de ao menos R$2.000.

O covid-19 tem soroprevalência mais alta na população de renda média mais baixa, com 22% das pessoas testadas apresentando anticorpos (abaixo de R$ 3.349,00). Ou seja, os mais pobres tiveram mais contato com o vírus, enquanto que para a população de renda média mais alta (a partir de R$ 5.541,00), esse percentual é de apenas 9,4%. Entre os que tem renda média intermediária, os testes apontaram anticorpos em 18,4% da população.

Entre a população negra (preta e parda), 20,8% já teriam o vírus. Em um reflexo do racismo, o número é superior ao encontrado entre a população branca (15,4%) e de outras etnias (14,0%).

Entre aqueles que não completaram o ensino fundamental, é de 22,5%, o ensino fundamental, de 23,7%. Entre os que cursaram o ensino médio, o índice é de 17,5%. Entre os que têm ensino superior, 12,0%, uma desigualdade imensa.
A presença de anticorpos entre a população que não completou o ensino fundamental, de 22,9%, em junho era 4,5 maior do que na população que completou o ensino superior, com 5,1%.

Cada um desses atores - Bolsonaro, militares, STF, o poder judiciário e os governadores - junto aos empresários, são responsáveis pelas mais de 100 mil mortes e por transformarem o Brasil no epicentro da doença, hoje, no mundo. São responsáveis por gerir a catástrofe da crise em curso, contra os trabalhadores, à medida que tentam impor um “novo normal”, com mais de 1000 mortes sendo registradas diariamente, no país. Mostram a face mais cruel do capitalismo que na sua crise de superprodução, reserva a fome, o desemprego e a contaminação por COVID-19 para uma classe trabalhadora majoritariamente negra, como é a do Brasil.

Nós do Esquerda Diário defendemos também a imposição, de uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, uma vez que a luta não se restringe somente ao governo Bolsonaro, mas ao regime de conjunto. Compreendemos que saídas institucionais junto à burguesia enfraquece os trabalhadores, e que na verdade é a população quem deve decidir os rumos do país, a partir de um amplo debate sobre os principais temas, como saúde, educação e economia, utilizando o mecanismo mais democrático dentro da tão limitada democracia burguesa, para que não sejam mais nutridas ilusões sobre o regime atual.

Informações do UOL

 
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