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CRISE CAPITALISTA
Com a pressão dos empresários, Marchezan reabre quase tudo diante do colapso da saúde
Redação Rio Grande do Sul

O sistema de saúde de Porto Alegre vive dias tensos em meio a pandemia. Alguns hospitais estão com as UTIs lotadas outros quase lotadas totalizando 90,6% de ocupação. Marchezan mantém pessoas com sintomas de COVID-19 numa fila de espera como solução para que o sistema não entre em colapso. Nessa segunda-feira (10) no entanto, o prefeito lançou decreto para abrir inclusive shoppings centers e academias, com horário de funcionamento limitado como se o vírus circulasse apenas após as 17 horas.

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Foto Correio do Povo

Não poderia haver maneira pior de enfrentar uma pandemia. Marchezan nega testes massivos para a população, não garante um isolamento adequado dos infectados e obriga uma massa ainda maior de trabalhadores a se expor ao vírus. Tudo para privilegiar uma classe que se mantém bem protegida, a única classe a qual ele representa, a burguesia sedenta por manter seus lucros encima das mortes e do sofrimento do povo pobre e trabalhador.

O decreto assinado na noite desta segunda-feira permite o funcionamento de indústrias, comércio, igrejas e prestação de serviços. Foi resultado de um embate jurídico e político, movido pelo empresariado, que começou com a ameaça de impeachment do prefeito, passou pela pressão do dia dos pais e não teve volta. Isso não significa que o isolamento irracional anterior estava funcionando. Tão pouco um isolamento repressivo como um lockdown seria a solução. A solução é a identificação científica dos infectados e das pessoas que tiveram contato, o isolamento adequado com todas as condições sanitárias necessárias e a garantia de alimentação saudável e leitos e respiradores.

Marchezan não pode levar a frente o combate da pandemia justamente pelos interesses de classe que defende. A classe exploradora não irá abrir mão de seus lucros não importa quantas pessoas ainda morram. Já foram 459 mortes na cidade, um teatro São Pedro praticamente lotado.

Um processo de impeachment com protagonismo de um setor burguês reacionário e bolsonarista, pelos motivos que defendem não deveria ter o apoio de partidos de esquerda como o Psol. O PT, PCdoB, PDT e outros que se dizem de esquerda mas levam a frente as reformas neoliberais e ultraliberais nos estados em que governam também assinaram o processo junto com a extrema direita. Quem precisa protagonizar a queda de Marchezan são as classes que mais sofrem na pandemia e na crise econômica, levando à frente os seus motivos que são em defesa da vida e da dignidade de poder trabalhar num ambiente verdadeiramente protegido e controlado pelas suas próprias mãos, com cada área pensando em comum o que pode fazer no combate ao novo coronavírus e para que sejam os ricos capitalistas que paguem pela crise. Produzindo, não para o lucros de meia dúzia de sanguessugas esdrúxulos, mas para salvar vidas e garantir a saúde de quem trabalha, de quem não tem o que comer ou onde morar.

O fora Marchezan não pode ser em coro com a extrema direita que quer nosso sangue para manter seus lucros, o fora Marchezan, Leite, Bolsonaro e Mourão tem que ser levantado com independência de classe sem nenhuma confiança no judiciário ou nos parlamentos. É preciso que os partidos que se localizam à Esquerda do PT, como o PSOL e o PSTU, se reorganize para debater as saídas mais profundas que aponte um caminho, para a classe trabalhadora, de questionar não só os atores do regime, mas todo esse sistema de opressão e exploração lutando para que seja o povo que decida os rumos do país, reescrevendo as leis por meio de uma Constituinte Livre e Soberana imposta pela luta dos trabalhadores.

 
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