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RETORNO ÀS AULAS EM SP
Em defesa da normalização das mortes, Doria anuncia retorno as aulas em 7 de Outubro
Redação
Nossa Classe - Educação

Com a falácia de que há uma estabilização das mortes causadas pela pandemia, num país que há quase 5 meses segue sem testes massivos, o governo ainda anunciou que para aquelas escolas que quiserem, o retorno estará autorizado a partir do dia 8 de setembro para projetos de reforço escolar, tirando sua responsabilidade sobre o risco da possibilidade de aceleração de contaminação.

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Nesta sexta-feira (7), o governador de São Paulo João Doria (PSDB) anunciou o retorno das escolas particulares e estaduais para o dia 7 de Outubro. Com a falácia de que há uma estabilização das mortes causadas pela pandemia, num país que há quase 5 meses segue sem testes massivos, o governo ainda anunciou que para aquelas escolas que quiserem, o retorno estará autorizado a partir do dia 8 de setembro para projetos de reforço escolar, tirando sua responsabilidade sobre o risco da possibilidade de aceleração de contaminação. Ou seja, usam um discurso de que caberá as comunidades escolares a decisão de expor ou não a população à uma aceleração da contaminação do covid-19, lavando totalmente as mãos do governo se caso isso potencializar o número de mortes no Estado de SP.

A Coletiva de Imprensa começou com uma enorme demagogia contra o governo Bolsonaro, se diferenciando sobre o tratamento dado para a pandemia mundial, mas que apesar da retórica em defesa das quarentenas, como viemos denunciando, os governadores e prefeitos não realizaram tarefas elementares como os testes massivos, a reconversão da indústria para a produção de insumos necessários ao combate a pandemia e a centralização do sistema de saúde.

Como anunciado pelo governador, o retorno das aulas da rede privada e pública de São Paulo pode já iniciar dia 8 de Setembro para realização de reforço escolar ou atividades extra-curriculares, buscando dialogar com a situação de milhares de familiares de alunos que precisam trabalhar e não tem com quem deixar seus filhos. Mas isso também é culpa do próprio governo, que não garantiu uma quarentena racional baseada em testes massivos, obrigando milhões de trabalhadores, que nem trabalham em setores essenciais, seguirem trabalhando e arriscando suas vidas e a vida de suas famílias todos os dias. Além de que essa resposta de governo corresponde mais à uma exigência do mercado, do que a preocupação com a vidas da classe trabalhadora e da juventude. Ainda, diante da desigualdade que existe entre as redes privada e pública, que se acentuou ainda mais durante o EAD, levantou-se o questionamento sobre o cancelamento do ano letivo, coisa que para as escolas privadas seria inadmissível.

Em enorme demagogia, o governador disse que o retorno às aulas também é uma preocupação com a alimentação dos alunos. Nada mais falso! Já que durante todo o período da pandemia não foi garantido cestas básicas e um pagamento real das necessidades da alimentação dos alunos. Ao mesmo tempo que segue com mais de 35 mil professores temporários sem salários, que novamente sequer foram citados na coletiva.

Assim, fica claro que o governador de São Paulo nos impõe duas saídas, ou de que a classe trabalhadora e seus filhos se exponham a possibilidade de morrer pelo covid-19, ou que a população siga passando fome sem direito as cestas básicas (que deveriam ter sido fruto do investimento das merendas que não foram oferecidas nesse período) e com os responsáveis dos alunos e professores seguirem sem salários.

Não podemos deixar que o governador com suas mudanças de criterio para normalizar as mortes por Covid, decida se nos contaminamos ou se seguimos com 35 mil trabalhadores sem salários e sem extender a quarentena para os pais dos nossos alunos. É urgente uma articulação de todos os grupos da Oposição para desenvolver uma ampla mobilização desde as bases para impor a ala majoritária da APEOESP, dirigida pelo PT, para organizar uma verdadeira luta contra este retorno irracional. Precisamos junto com a comunidade escolar nos organizar e impor uma saída através da nossa mobilização que defenda as nossas vidas e direitos.

 
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