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PRESOS POLÍTICOS MAPUCHE
Chile: Trabalhadores e estudantes da saúde na autoorganização para luta e defesa do povo mapuche
Raúl Gómez

Qual papel nós trabalhadores e estudantes da saúde podemos cumprir diante da ofensiva do governo e latifundiários, para defender e colaborar na resistência e demandas do povo mapuche e seus presos políticos?

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Após a ofensiva direitista na Araucanía que implicou um ataque consensual entre latifundiários, empresários, o governo e organizações de ultra direita como APRA, surge a necessidade imperiosa de colocar-se como as e os trabalhadores e estudantes da saúde que se organizaram de forma independente desde o início do conflito, enfrentaremos e apoiaremos a causa do povo e as e os presos políticos mapuche.

O acompanhamento dos presos políticos mapuche em seu delicado estado de saúde devido a uma greve de fome de mais de três meses tem sido uma resposta que sem dúvidas há permitido, desde esta autoorganização aumentar o deterioro físico e mental que implica uma greve de fome que além do mais gera um respaldo desde os trabalhadores da saúde, em contraposição ao abandono de um Estado racista que demostra cada dia sua intenção de acabar com a resistência de nosso povo ancestral.

Mas também temos observado que em tempos de revolta e pandemia, as brigadas de saúde, com este perfil de independência e autoorganização, tem respondido de maneira audaz as necessidades do povo em luta contra a repressão de um Estado que não dá trégua na hora de defender os interesses da classe capitalista e os políticos que a representam no governo.

Assim, exemplos como a Brigada Cruz Negra, se encarregou de organizar estudantes e trabalhadores da saúde de todas as áreas para, em primeiro lugar, atender a lesionados que estavam na primeira linha desde 18 de outubro, assim como responder às necessidades da população em época de crise sanitária pelo coronavírus, com operações de autoorganização e como suporte fundamental da autodefesa das e dos manifestantes que enfrentam a polícia, a violência organizada e o Estado.

Hoje, o Governo fortalece aos grupos de ultra direita, mediante a chegada do novo Ministro de Interior, Victor Pérez em cumplicidade com carabineiros que não poupa em lhes dar liberdade de ação quando se trata de atacar a comuneiros em protesto contra as condições de seus irmãos mapuche.

Não só isso, o governo de Piñera, reforça hoje, uma linha repressiva que inclusive atenta contra o direito a manifestação como se viveu a jornada de ontem em Temuco, onde nem sequer foi possível marchar. E é diante deste cenário repressivo, de contraofensiva direitista, que sem dúvida voltaremos a necessitar toda a força da autoorganização das brigadas de saúde empregadas nas ruas que permita, junto a outros setores que se mobilizam e se vêem obrigados a exercer a autodefesa diante dos grupos fascistóides, resistir à repressão que busca instalar o governo para acalmar o "fantasma de outubro".

Assim, a conquista das demandas do povo mapuche, dificilmente será mediante um diálogo social" como pretende Camila Vallejos do Partido Comunista, mas virá de uma maior organização e defesa de todos os setores, tanto da saúde, estudantes, trabalhadores e o povo mapuche. Retomar a agenda de outubro implica retomar todas estas formas qu a classe trabalhadora e o povo oprimido alça por sobre o jugo dos opressores no governo e suas forças armadas, não sem mediar uma grande paralisação nacional que até agora a CUT, também dirigida por um militante do PC, descartou, preferindo a conciliação com o governo a quem interpela através de papéis e de reuniões, porém sem dispor da real força da classe trabalhadora para deter os ataques do empresariado e da direita.

 
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