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Bolsonaro se cura, ao contrário dos 85 mil mortos graças à sua política negacionista
Redação

Após passar um retiro forçado no Palácio da Alvorada, Jair Bolsonaro está curado. Neste período de isolamento em sua mansão, não só praticou cultos à imagem da cloroquina e perseguiu emas, como colocou a vida de trabalhadores sanitários em risco.

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No momento que o presidente anuncia a sua cura, mais de 85 mil vidas se perderam. Os motivos são muitos, mas sempre convergem em um ponto comum: o todo cuidado com os lucros da burguesia e o desprezo pela vida dos trabalhadores.

Os 1,2 trilhão destinados à salvar os lucros dos bancos na ponta da pirâmide são o inverso dos ataques aos direitos trabalhistas para facilitar o corte de salários e demissões. Bolsonaro nunca quis salvar empregos, sempre buscou colocar a vida de milhões de trabalhadores em risco nos transportes públicos e locais de trabalho, sem a mínima proteção, para proteger o lucro de empresários, latifundiários e pastores milionários.

Editorial MRT: Entre a pandemia, o desemprego e os ataques: lutar para que os capitalistas paguem pela crise

Enquanto Bolsonaro teve à sua disposição todos testes necessários e acompanhamento médico de ponta, a população pobre e trabalhadora viu apenas 29% da verba destinada ao combate do coronavírus ser gasta pelo governo, em especial pelo ministério da Saúde comandado agora por militares, do total de R$ 38,9 bilhões destinados, somente 11,4 bilhões foram gastos até o final de junho.

Bilhões de reais que não chegaram ao SUS, tão precarizado pelos governos anteriores, onde trabalhadores da saúde continuam a enfrentar a pandemia sem ter as condições necessárias para isso, sem leitos de UTI, respiradores e testes. Dezenas de milhares de mortes confirmadas, mesmo com uma subnotificação imensa, são exemplo de uma política de extermínio refletida na busca constante de deturpar dados e na ignorância do ministro da Saúde General Pazzuelo que chegou a afirmar que assintomáticos não transmitem Covid-19.

É preciso que a vida seja colocada acima dos lucros e que ataques como de Dória, que deixou 35 mil professores sem salário por 4 meses nesta pandemia, sejam combatidos. É através de uma sociedade organizada para satisfazer os interesses capitalistas que atingimos este patamar catastrófico de mortes e subnotificação. Os efeitos deste crise sanitária mundial escancaram a podridão do sistema capitalista, no Brasil comandado por Bolsonaro e militares, este caráter ganha ainda mais evidência.

Um programa anticapitalista de enfrentamento da crise sanitária e econômica deve ser apresentado como alternativa. É, necessário que todos os recursos destinados à saúde sejam utilizados. A saúde pública deve receber a verba que lhes está sendo negada para garantir a força de trabalho e equipamentos necessários para salvar o maior número de vidas possíveis, o que só seria possível através da centralização de todo sistema de saúde, privado e público, sob controle dos trabalhadores. Ao contrário do que o ministro General vêm fazendo, é preciso garantir uma testagem massiva para o controle da pandemia, equipamentos e contratação urgente e massiva para reverter o colapso do sistema de saúde nos centros de contágio e evitar que isto ocorra nas regiões onde a pandemia ainda chega, mas que os efeitos da crise econômico já são sentidos pela classe trabalhadora.

Contra os ataques que são implementados através de novas leis anti-trabalhistas, os cortes de salários e demissões em massa, defendemos a redução da jornada de trabalho, para dividir o trabalho disponível entre todos os trabalhadores mantendo os salários. Proibição das demissões, assim como as empresas que correm o risco de quebrar devem ser estatizadas sob controle dos trabalhadores.

Para o Esquerda Diário, a única forma de salvar vidas e proteger a população da Covid-19 passa por lutar contra a precarização do trabalho. Logo, Bolsonaro e Mourão e todo esse regime golpista devem ser derrubados, o que não será possível sem uma saída independente, uma saída dos trabalhadores, das mulheres, negros, indígenas e da juventude, sem nenhuma ilusão que alianças com setores da burguesia, que assim como Bolsonaro querem descarregar a crise nas nossas costas, poderemos derrotar o governo e os ataques.

Precarização via APPs e leis: um projeto que une Bolsonaro, Mourão e todo golpismo

Não vamos conseguir combater a pandemia e salvar vidas sem derrotar Bolsonaro e Mourão. Mas derrotá-los não virá a partir de uma frente ampla, incluindo partidos burgueses que sempre defenderam a precarização do SUS e do trabalho, como colocam inclusive setores partidos de esquerda como o PSOL, tais como Freixo ou Melchionna. Somente confiando em nossas próprias forças poderemos apresentar uma saída.

Por isso nós do Esquerda Diário e do MRT temos defendido que é necessário batalhar pelo Fora Bolsonaro e Mourão, na luta por uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, que seja capaz de enfrentar não só o governo, mas o regime golpista como um todo e apresentar um plano de combate à pandemia, assim como varrer os militares do governo e impor uma nova constituinte com a força da nossa mobilização que possa atender a todas as demandas dos setores mais precários da classe trabalhadora e do conjunto da população.

 
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