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Petrobras eleva salário de diretores para R$ 400 mil, enquanto ataca salário dos trabalhadores
Redação

À título de premiação pelos ataques que a atual diretoria da estatal vem descarregando, com privatização e demissões, o conselho acionista da empresa resolveu aumentar o salário desses carrascos para um valor de até R$ 400 mil mensais. Enquanto isso os trabalhadores tiveram um Plano de Corte de Gastos de 25% dos salários em meio a pandemia.

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Em meio à crise do coronavírus que deixou mais de 4,9 milhões de brasileiros desempregados e em condições extremamente precárias de trabalho, a Petrobras, por meio de uma Assembleia Geral Ordinária, ocorrida na última quarta-feira, aumenta os salários dos seus administradores.

Esse aumento conta com uma cifra de 43,3 milhões de reais, o que, repartido pelos 9 diretores da empresa, rende 400 mil reais por mês para cada um. Para esconder que essa é a classe que lucra com a exploração e o desemprego, essa quantia será adquirida por esses administradores por meio de um “bônus” chamado de Prêmio Por Performance (PPP), não sendo adicionado ao salário fixo da diretoria. Um prêmio concedido pelos acionistas pela gestão privatista que a atual diretoria vem realizando, voltada a atender unicamente a sede de lucro dos acionistas enquanto privatizou e entregou diversos ativos da companhia, campos de petróleo, oleodutos, a Liquigas, a BR Distribuidora, as fábricas de fertilizantes - que despertou um grande levante dos petroleiros contra esse desmonte e as demissões.

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Esse “Prêmio” é calculado com base nos resultados financeiros de 2019, quando, enquanto a taxa de desemprego e o número de trabalhadores informais subia, a Petrobras batia o recorde de lucros da sua história, atingindo a cifra de R$ 40 bilhões. Também, entra para a quantia desse bônus o valor referente a um novo cargo inventado na cúpula da Petrobras, o de diretor de Transformação Digital e Inovação, demonstrando que esses capitalistas inclusive criam novos cargos para aumentar a sua arrecadação.

Além disso, esses executivos aprovaram tal aumento em meio a um Plano de Corte de Gastos para, supostamente, enfrentar a crise do coronavírus, cortando em 25% o salário e a carga horária dos seus empregados. Essa estratégia deixa claro que, enquanto a classe trabalhadora é a que paga o preço mais alto da crise, os patrões aumentam os seus próprios salários, escondendo-os por meio de bônus e prêmios. Em meio a isso, a empresa justifica esse aumento de remuneração sob o argumento de que o novo foco da Petrobras é “valorizar a meritocracia e maximizar os resultados”, uma sentença mentirosa que esconde o verdadeiro significado de que o que realmente se busca é maximizar os lucros dos acionistas em cima da pauperização da classe.

Quem dá o aval para aumentar, tanto o modelo de remuneração global, quanto o de remuneração variável é a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), ligada ao Ministério da Economia. Ministério esse responsável por, à duras penas, disponibilizar um auxílio emergencial de míseros 600 reais insuficientes para a subsistência de um indivíduo. Dessa forma, o Estado burguês à serviço das empresas e bancos, permite que, enquanto alguns vivem com uma remuneração de 400 mil reais por mês, outros vivem com eventuais 600 reais.

 
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